“Falta capacitação para os candidatos”, afirma novo diretor da Casa do Trabalhador
Um dos focos da nova gestão será ampliar o número de vagas ofertadas, especialmente para pessoas com deficiência (PCDs) e para jovens em busca do primeiro emprego.
A Casa do Trabalhador de Feira de Santana está sob novo comando. O advogado Magno Felzemburgh assumiu a direção do órgão e já deu início às ações com o objetivo de promover melhorias no acesso ao mercado de trabalho. Em entrevista ao De Olho na Cidade, Magno destacou os principais desafios de sua gestão, que incluem a ampliação de vagas e a qualificação profissional dos trabalhadores.
“Já passei por essa pasta em tempos anteriores, e, em Salvador, fui diretor do trabalho. Para mim, é interessante estar em um lugar onde já tivemos experiência, sabemos onde estão os gargalos, as dificuldades e o que precisa ser vencido nesse processo,” afirmou Magno.
Um dos focos da nova gestão será ampliar o número de vagas ofertadas, especialmente para pessoas com deficiência (PCDs) e para jovens em busca do primeiro emprego. Atualmente, a Casa do Trabalhador conta com 40 vagas destinadas a PCDs, mas o objetivo é ir além.
“Precisamos buscar vagas para quem está entrando no mercado e também para PCDs, que enfrentam as mesmas dificuldades de outros trabalhadores. As vagas existem, elas estão na cidade, e nosso trabalho é conectar os trabalhadores às empresas,” ressaltou.
Magno destacou ainda a importância de um diálogo mais próximo com os setores de recursos humanos das empresas para entender as necessidades específicas de qualificação profissional. Segundo ele, é fundamental identificar as demandas do mercado para oferecer cursos que atendam às exigências das empresas.
“Feira de Santana tem tudo para atrair grandes empresas: água, energia, internet, transporte e três BRs. Mas as empresas também se perguntam: o trabalhador é qualificado? Precisamos trabalhar a autoestima do trabalhador, que muitas vezes desiste antes mesmo de tentar. A política de benefícios do governo é importante, mas deve estar focada em inserir as pessoas no mercado de trabalho, não em mantê-las estagnadas,” destacou.
Magno também enfatizou o papel da Casa do Trabalhador como um elo entre os trabalhadores e as empresas.
“A Casa do Trabalhador tem dois clientes: o trabalhador e a empresa. Precisamos mostrar que Feira tem um trabalhador qualificado. Nosso objetivo é que todo mundo cresça, porque quando as empresas prosperam, a cidade também prospera,” concluiu.
*Com informações do repórter Robson Nascimento