Política

8/1: Após dois anos de ataques, STF condenou 371 pessoas; 122 estão foragidos

Levantamento foi feito pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos

08/01/2025 06h54
8/1: Após dois anos de ataques, STF condenou 371 pessoas; 122 estão foragidos
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou na terça-feira (7) um balanço das condenações relacionadas aos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Até agora, 371 pessoas foram condenadas, de um total de mais de 2 mil investigadas. O levantamento foi feito pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos.

Entre os condenados, 225 foram responsabilizados por crimes graves, enquanto outros 527 tiveram participação classificada como menos relevante e firmaram acordos com o Ministério Público Federal (MPF). No total, 898 réus foram responsabilizados até o momento.

As penas aplicadas variam entre três anos e 17 anos e seis meses de prisão. Na data dos ataques, 2.172 pessoas foram presas em flagrante por envolvimento nos atentados contra os prédios dos Três Poderes, em Brasília.

De acordo com o STF, 122 pessoas estão foragidas. Dessas, 61 já têm pedidos de extradição solicitados a outros países. Esses réus teriam rompido tornozeleiras eletrônicas e deixado o Brasil. Após a extradição, deverão cumprir penas em regime fechado.

As condenações abrangem cinco tipos principais de crimes: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.

Crimes considerados de menor gravidade, como incitação e associação criminosa, resultaram na condenação de 146 pessoas a penas alternativas. Esses réus devem usar tornozeleiras eletrônicas por um ano, pagar multas, prestar 225 horas de serviços comunitários e frequentar cursos presenciais sobre democracia. Além disso, estão proibidos de utilizar redes sociais e de viajar sem autorização judicial durante o período.

Os 527 envolvidos que fizeram acordos com o MPF pagaram multas que totalizaram R$ 1,7 milhão. Eles também foram obrigados a prestar 150 horas de serviços comunitários e participar de um curso sobre o funcionamento da democracia. Durante a vigência do acordo, não podem manter perfis em redes sociais abertas.

Até o momento, cinco pessoas foram absolvidas.

*Com informações Bahia.ba

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