Saúde

Tratamentos inovadores na medicina intervencionista transformam a vida de pacientes com dor crônica

O avanço das técnicas intervencionistas e a dedicação de especialistas como Dr. Maurício trazem novas perspectivas para pacientes que enfrentam os desafios diários da dor crônica.

21/11/2024 16h45
Tratamentos inovadores na medicina intervencionista transformam a vida de pacientes com dor crônica

A dor crônica é uma condição que afeta cerca de 30% da população mundial, conforme destacou o médico intervencionista Dr. Maurício de Almeida, da Clínica da Dor, durante entrevista ao De Olho na Cidade.

“É uma doença que vai além da dor fisiológica, tornando-se um problema que impacta emocional e socialmente a vida dos pacientes”, explicou o especialista.

Diferente da dor aguda, que surge em resposta a um trauma ou inflamação e tende a ser resolvida em curto prazo, a dor crônica persiste por mais de três meses, mesmo após tratamentos convencionais.

“Ela deixa de ser um sintoma e se transforma em uma doença. Nesses casos, precisamos de abordagens específicas, incluindo medicações e terapias avançadas”, afirmou o médico.

Dr. Maurício apontou que fatores como envelhecimento, má postura, doenças autoimunes e condições degenerativas são as principais causas da dor crônica. A pandemia, por exemplo, agravou o quadro de má postura devido ao aumento do sedentarismo.

“O impacto é devastador, especialmente em pessoas entre 40 e 60 anos, que estão em idade economicamente ativa. Essa dor afeta o desempenho no trabalho e as relações sociais, resultando em queda significativa na qualidade de vida”, explicou.

Nos últimos anos, a medicina intervencionista tem se consolidado como uma das áreas que mais evoluem no tratamento da dor. Técnicas como bloqueios nervosos, radiofrequência e implantes de dispositivos são exemplos de procedimentos minimamente invasivos.

“Essas técnicas nos permitem atingir diretamente a fonte da dor, com alta precisão e segurança. Por exemplo, no caso da síndrome do trigêmeo, conhecida como a ‘dor do suicídio’, podemos utilizar métodos como balão, radiofrequência ou bloqueios para aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, detalhou.

Apesar dos avanços, o médico ressaltou que essas intervenções devem ser realizadas após um diagnóstico detalhado. “É essencial começar com um tratamento conservador e, se necessário, evoluir para procedimentos mais complexos”, alertou.

Embora os procedimentos sejam considerados seguros, há riscos inerentes a qualquer intervenção médica.

“A tecnologia moderna minimiza esses riscos significativamente. Realizamos os procedimentos em centros cirúrgicos, com monitoramento constante, garantindo que tudo seja feito com a máxima segurança”, disse Dr. Maurício.

Outro ponto destacado foi o risco da automedicação. “Medicamentos tomados indiscriminadamente podem causar danos ao fígado, rins e até gerar novas dores, como a cefaleia medicamentosa. Esses casos exigem intervenções específicas, como bloqueios e radiofrequência”, alertou o especialista.

Dr. Maurício deixou uma mensagem de encorajamento para quem convive com dor crônica. “Procurem sempre um médico qualificado e de confiança. Hoje, temos profissionais capacitados em Feira de Santana e Salvador, oferecendo tratamentos de ponta que antes só encontrávamos em grandes centros como São Paulo. A dor crônica não precisa ser uma sentença; com a abordagem correta, é possível recuperar a qualidade de vida”, concluiu.

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