Dia Mundial de Combate ao Diabetes: Endocrinologista alerta sobre o avanço da doença no Brasil
O Dia Internacional de Combate ao Diabetes serve como um lembrete da urgência de ações preventivas e da necessidade de mudanças no estilo de vida para reduzir os índices da doença no país.
Nesta quinta-feira (14), Dia Internacional de Combate ao Diabetes, os números alarmantes da doença ganham destaque. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a quinta posição mundial em casos de diabetes, com 16,8 milhões de adultos diagnosticados, perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A expectativa é que, até 2030, esse número suba para 21,5 milhões de pessoas.
Para discutir a gravidade desse cenário, a endocrinologista Dra. Ana Mayra Oliveira, destacou os fatores de risco e as possibilidades de prevenção.
“Um número como esse é extremamente preocupante, mas o que chama ainda mais atenção é a tendência de crescimento. Na América do Sul, por exemplo, a expectativa é de um aumento de 50% até 2045, o que é gravíssimo”, pontuou.
A especialista explicou que, embora o diabetes tenha um componente genético, muitos fatores de risco são modificáveis, como sedentarismo e má alimentação.
“O estilo de vida que adotamos é muito ruim. Estamos mais sedentários, consumindo alimentos com alto valor calórico e ganhando peso. A obesidade, especialmente a gordura abdominal, é um dos grandes fatores de risco para o diabetes”, afirmou.
A Dra. Ana Mayra destacou que o diabetes, em seu estágio inicial, é assintomático, o que reforça a importância de avaliações médicas regulares, especialmente para quem tem histórico familiar.
“Os sintomas geralmente surgem das complicações da doença, como problemas cardiovasculares, renais, ou até mesmo lesões que podem levar à amputação. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental”, disse.
Para manter o controle da doença, a médica orienta que os pacientes adotem um estilo de vida equilibrado, com prática de atividades físicas e alimentação saudável.
“Equilíbrio é a palavra-chave. Não é necessário cortar o açúcar completamente, mas sim evitar excessos. Além disso, quem tem diabetes precisa seguir rigorosamente o tratamento indicado”, explicou.
Dra. Ana Mayra enfatizou que a educação e a informação são essenciais para conscientizar a população sobre a gravidade da doença.
“Quando as pessoas são bem informadas, elas têm maior adesão ao tratamento. O diabetes é controlável, e o paciente pode ter uma boa qualidade de vida, mas é preciso cuidar da saúde”, concluiu.