Advogado relata momentos de tensão em explosão próximo à Praça dos Três Poderes em Brasília
Entre aqueles que quase se viram no centro do incidente estava o advogado criminalista Danilo Silva, de Feira de Santana, que presenciou o tumulto e falou sobre o susto e a atmosfera tensa que dominou a capital.
Duas explosões, em um intervalo de 20 segundos, no começo da noite de quarta-feira (13), ocorreram em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Uma pessoa morreu, e a área foi isolada. Entre aqueles que quase se viram no centro do incidente estava o advogado criminalista Danilo Silva, de Feira de Santana, que presenciou o tumulto e falou sobre o susto e a atmosfera tensa que dominou a capital.
“Cheguei ontem pela manhã em Brasília para participar de alguns eventos e realizar trabalhos da advocacia. Na noite passada, a caminho de um encontro no Clube Naval, percebi um tumulto que assustou o motorista. Foi exatamente no momento em que aconteceram as explosões. É algo que deixa o brasileiro assustado, porque não estamos acostumados com esse tipo de fanatismo, que vem se repetindo de forma preocupante nos últimos anos.” Relatou.
Em meio a um ambiente de celebração entre colegas advogados e autoridades, o clima festivo foi interrompido por discussões sobre o ataque, e Dr. Danilo observou a inquietação entre os presentes.
“Mesmo em um evento, percebia que as autoridades estavam comentando sobre essas atitudes extremas e as constantes ameaças que enfrentam por tomar decisões. O Brasil precisa seguir como uma democracia, que não pode ficar ameaçada por pessoas fanáticas, seja por questões religiosas ou políticas.”
O advogado destacou a rapidez com que as forças de segurança atuaram na área. “Assim que passei pela região, vi que a polícia rapidamente fez o bloqueio nos arredores do Supremo Tribunal Federal. A ação rápida foi reconfortante, mas o susto foi grande. Ninguém sabia ao certo o que era, mas, horas depois, soubemos que foi um ato de loucura.”
Danilo Silva aproveitou a oportunidade para expressar sua visão sobre as recentes discussões de anistia aos manifestantes que participaram dos ataques em 8 de janeiro.
“Eu, como jurista, sou contrário a esse entendimento. Como posso anistiar um ato de violência extrema que atenta diretamente contra a nossa Constituição? O que aconteceu naquele dia afetou não apenas as edificações, mas todo o Estado democrático. O Brasil foi mal visto no exterior, e a nossa democracia ficou ameaçada.”
Encerrando a conversa, Dr. Danilo refletiu sobre o impacto pessoal de estar em Brasília durante o incidente e reafirmou seu compromisso com a defesa do direito.
“É um privilégio estar aqui pela minha paixão pelo direito e pela docência. Apesar do susto, sigo firme em promover o direito de forma leve e sensível para a população”, concluiu o advogado.