Nova legislação altera processo eleitoral dos EUA com aumento de segurança e mudanças na contagem de votos
Com informações da jornalista feirense Brenda Victória, correspondente nos EUA
Direto dos Estados Unidos, a jornalista feirense Brenda Victória traz informações sobre as eleições americanas de 2024, que serão as primeiras a utilizar as regras reformuladas pela Lei de Reforma da Contagem Eleitoral. A nova legislação, aprovada com apoio bipartidário em 2022, detalha como os votos populares são convertidos em votos do colégio eleitoral e estabelece prazos específicos para cada etapa do processo.
“Essa nova legislação, aprovada com consenso entre democratas e republicanos, define como esses votos populares se transformam em votos eleitorais, contados pelo Congresso para determinar o vencedor”, explicou Brenda. Segundo ela, o novo processo introduz datas importantes: o dia 11 de dezembro de 2024 é o prazo limite para a certificação dos estados, e no dia 17 de dezembro os eleitores se reunirão para lançar os votos oficiais. A eleição só será oficialmente concluída em uma sessão conjunta do Congresso em 6 de janeiro de 2025, quando todos os votos eleitorais serão contabilizados e possíveis objeções analisadas.
Embora o resultado possa ser conhecido antecipadamente pela mídia, o resultado oficial só é confirmado no próximo ano. “A gente só tem o resultado oficial no dia 6 de janeiro. Até lá, as cédulas passam por várias etapas de contagem e verificação de identidade”, destacou Brenda.
Diferentes métodos de votação e contagem
O sistema americano permite a votação antecipada, que começa 27 dias antes do dia oficial, e há várias formas de contagem, com uso de máquinas e até métodos manuais.
“Se você vota antecipadamente, basta uma assinatura, sem documento de identidade em alguns estados. A contagem depende de cada condado, e as cédulas podem ser levadas a uma central ou contadas diretamente nas máquinas de votação”, explicou Brenda.
A jornalista observou diferenças marcantes em relação ao sistema brasileiro, destacando algumas preocupações sobre a segurança dos votos em cédulas de papel, que são enviadas pelo correio.
“Como brasileira, eu penso bastante sobre a segurança. Deixar um papel com o voto circulando pelo correio é diferente. Mas eles informam que as cédulas seguem uma cadeia de custódia rigorosa, monitoradas por câmeras e com lacres invioláveis.”
Temor de reações violentas pós-eleição
Perguntada sobre possíveis tensões, Brenda relatou que o clima é de apreensão. “Dado o histórico recente, especialmente das eleições entre Joe Biden e Donald Trump, há um receio de que ocorram manifestações até o dia 20 de janeiro, quando ocorre a posse presidencial. A divisão de 50% para cada lado, entre republicanos e democratas, deixa a população preocupada com a reação dos que não aceitarem o resultado”, pontuou Brenda.
Finalizando sua participação, Brenda Vitória ressaltou que as instituições americanas já estão em alerta, especialmente o FBI e a imprensa, monitorando possíveis focos de violência.
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