Especialista aponta sustentabilidade e inclusão na arquitetura do futuro”
É crescente a demanda por soluções que integrem práticas ecológicas no design arquitetônico.
A arquiteta Carina Macedo compartilhou suas visões sobre a arquitetura do futuro, enfatizando a importância da sustentabilidade e da inclusão nos projetos. Ela destacou a crescente demanda por soluções que integrem práticas ecológicas no design arquitetônico.
“Quando falamos de sustentabilidade, podemos começar pela utilização de placas solares e reservatórios para a água da chuva. Muitos clientes já estão me pedindo isso, e os resultados têm sido positivos”, afirmou Carina. Ela também mencionou a popularização da chamada “ateliê ecológica”, que busca reduzir o uso de plásticos e investir em materiais naturais na decoração. “A cerâmica crua e o uso de sementes e folhagens secas estão voltando, substituindo materiais sintéticos”, explicou.
Outro aspecto importante, segundo a arquiteta, é o retorno das hortas urbanas, uma prática que remete às tradições das gerações passadas.
“É uma arquitetura do futuro que também está colhendo do passado”, disse. Carina enfatizou que a sustentabilidade não é apenas uma tendência, mas uma necessidade que influencia praticamente todos os aspectos do design. “Precisamos repensar os espaços para abrigar essas novas demandas, como o cultivo de plantas e o uso de tecnologias que facilitam a vida no dia a dia”, ressaltou.
A automação residencial, também abordada por Carina, representa uma mudança significativa no design das edificações.
“A chamada casa inteligente está se expandindo para edifícios comerciais e outros tipos de edificações, conectando tudo à internet”, afirmou. Segundo ela, tecnologias como a inteligência artificial permitirão que as casas reconheçam seus moradores e ofereçam mais segurança e conveniência. “Imagine poder abrir cortinas ou acionar torneiras com um simples comando de voz”, disse.
A inclusão é outro pilar essencial da arquitetura do futuro. Carina defende que as edificações devem ser projetadas para atender a todas as pessoas, independentemente de suas necessidades.
“A arquitetura é feita para pessoas de diferentes formas e pensamentos. É fundamental garantir acessibilidade e autonomia para todos”, destacou. Ela acrescentou que o olhar inclusivo deve se estender a diversas questões, como gênero e raça, e que cada espaço deve ser pensado para acolher diferentes usuários.
“Precisamos pensar em como a casa pode se adaptar à vida de um idoso ou garantir segurança a uma mulher em um banheiro público. Essas são questões que não podemos ignorar”, enfatizou.
Por fim, a arquiteta fez um apelo pela valorização dos edifícios históricos. “Na arquitetura do futuro, precisamos aproveitar o valor dos prédios históricos em vez de demolir. Há muitas edificações bonitas e com valor histórico que podem ser reutilizadas para novas funções”, concluiu Carina.