Vereador defende reestruturação da Câmara Municipal antes de debate sobre presidência
Pedro Américo criticou o direcionamento das discussões em torno de quem estaria mais preparado para assumir a presidência, considerando isso um debate equivocado.
A disputa pela presidência da Câmara Municipal de Feira de Santana vem gerando repercussão nas últimas semanas. Entre os nomes especulados para assumir o cargo está o do vereador Pedro Américo, que tem proximidade com o vice-prefeito eleito, Pablo Roberto. No entanto, as discussões vão além da escolha de um novo líder e incluem a necessidade de uma reestruturação no funcionamento da Casa Legislativa.
Em uma conversa informal realizada na manhã desta quarta-feira (16), os vereadores iniciaram o debate sobre a presidência, mas Pedro Américo defendeu que o foco principal deveria ser a reestruturação da Câmara, e não apenas a sucessão presidencial.
“Estamos fazendo um debate muito forte sobre a Câmara de Vereadores, sobre a necessidade de fazer com que nossa Câmara, de fato, represente os anseios da sociedade. Isso passa por uma reestruturação”, afirmou o vereador.
Pedro Américo criticou o direcionamento das discussões em torno de quem estaria mais preparado para assumir a presidência, considerando isso um debate equivocado.
“Entendo que esse debate sobre quem vai ser o presidente, quem se acha preparado ou não, é o caminho errado. O foco agora deve ser na estrutura da Câmara, se o modelo atual, onde a presidência tem um grande controle sobre os outros vereadores, é prejudicial ou benéfico à cidade”, destacou.
Segundo o vereador, a prioridade deve ser o fortalecimento das comissões permanentes e dos gabinetes dos vereadores, garantindo mais liberdade legislativa e transparência no trabalho parlamentar.
“Defendo que a gente tenha uma reestruturação dos gabinetes, mais liberdade legislativa aos vereadores, e que as comissões – seja de obras, meio ambiente, orçamento ou justiça – funcionem melhor”, disse. Ele também fez uma comparação com outras câmaras pelo país: “Se pegarmos a Assembleia Estadual, a Câmara Federal, vemos que as comissões têm um poder e uma atuação muito mais efetiva.”
O vereador ressaltou que a reestruturação não aumentaria os custos da Casa, mas, ao contrário, reduziria o poder concentrado no gabinete da presidência, redistribuindo-o de maneira mais justa entre todos os vereadores, independentemente de serem da oposição ou situação.
“Os vereadores precisam de uma infraestrutura mínima para trabalhar com tranquilidade, dependendo o mínimo possível da presidência da Casa. Esse deve ser o caminho do debate”, concluiu.
Além de Pedro Américo, outros nomes vêm sendo citados para assumir a presidência, como os vereadores Lulinha da Conceição, Gerusa Sampaio e José Carneiro.
*Com informações do repórter Robson Nascimento.