Privação de sono pode aumentar o risco de câncer de mama, alerta especialista
Dra. Flávia Macêdo detalhou como a privação de sono compromete o sistema imunológico, abrindo caminho para o desenvolvimento de doenças.
Durante o programa De Olho na Cidade da Rádio Sociedade News de Feira de Santana, a ortodontista e dentista do sono, Dra. Flávia Macêdo, trouxe informações valiosas sobre como a privação de sono pode aumentar o risco de câncer de mama, especialmente em mulheres, enfatizando a importância da qualidade do sono para a saúde.
Em meio à campanha do Outubro Rosa, Dra. Flávia iniciou a conversa destacando sua missão de informar a população sobre a relação entre a falta de sono e o aumento dos riscos de câncer de mama.
“O sono é essencial para a regulação hormonal. Hormônios femininos, como o estradiol, podem se elevar em casos de privação de sono, e certos cânceres, como o de mama, são hormônio-dependentes. Isso significa que, com a presença aumentada desses hormônios, o risco para o câncer de mama também aumenta”, explicou a especialista.
A dentista do sono detalhou como a privação de sono compromete o sistema imunológico, abrindo caminho para o desenvolvimento de doenças.
“Além da regulação hormonal, nossa imunidade fica comprometida com a falta de sono, dificultando a defesa do corpo contra células cancerígenas. A inflamação aumenta, o que também contribui para o risco de câncer”, afirmou.
Segundo Dra. Flávia, o papel da melatonina, um hormônio crucial no ciclo sono-vigília, é fundamental na proteção contra o câncer.
“A melatonina tem uma ação antioxidante, ajudando a reparar danos nas células. Quando o sono é comprometido, essa reparação não acontece corretamente, deixando o corpo vulnerável e permitindo que células sofram mutações, o que pode levar ao câncer de mama”, destacou.
Quando questionada sobre mudanças no estilo de vida para melhorar a qualidade do sono e reduzir o risco de câncer, Dra. Flávia mencionou a importância da chamada higiene do sono.
“A higiene do sono começa quando a gente acorda, e não apenas na hora de dormir. Exposição à luz solar, evitar o excesso de telas antes de dormir, ter um ambiente de sono confortável e praticar atividades físicas são algumas das práticas que melhoram a qualidade do sono”, recomendou.
Ela também apontou como a vida moderna e as múltiplas demandas, principalmente para as mulheres, afetam o sono e aumentam o estresse.
“A privação de sono e o estresse andam de mãos dadas. O cortisol, hormônio do estresse, pode estar associado ao aumento do risco de câncer de mama. Por isso, é importante adotar um estilo de vida que promova a saúde física e mental, prevenindo doenças graves no futuro”, alertou a dentista.
Dra. Flávia explicou que a quantidade ideal de horas de sono varia de pessoa para pessoa, mas que, mais importante que a quantidade, é a qualidade do sono.
“Algumas pessoas se sentem bem com seis horas de sono, outras precisam de oito ou até nove. No entanto, o mais importante é ter um sono reparador, de qualidade. Passar muitas horas na cama não significa necessariamente dormir bem”, explicou.