Gusttavo Lima é indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa em investigação sobre jogos ilegais
Medida foi tomada na Operação Integration, que tem 53 alvos entre empresários, bicheiros e a influenciadora Deolane Bezerra. Defesa do cantor nega irregularidades.
O cantor Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. O Fantástico teve acesso à investigação completa.
A medida foi adotada pela Polícia Civil de Pernambuco na Operação Integration, que tem ao todo 53 alvos em seis estados brasileiros. Entre eles, estão bicheiros, empresário e a influenciadora digital Deolane Bezerra, além do cantor.
O indiciamento aconteceu em 15 de setembro. Agora, cabe ao Ministério Público decidir se denuncia ou não Gusttavo Lima à Justiça.
A defesa do cantor nega irregularidades.
“Não há qualquer indício de lavagem de dinheiro e organização criminosa”, ressaltaram os advogados.
Questionados sobre os R$ 150 mil apreendidos pela polícia na sede da Balada Eventos e Produções, empresa de shows do cantor em Goiânia (GO), a defesa alegou que a quantia era destinada ao pagamento de fornecedores.
Em relação às 18 notas fiscais sequenciais emitidas no mesmo dia em valores fracionados por outra empresa do cantor para Pix 365, alvo da investigação, a defesa diz que os valores foram declarados e os impostos, pagos.
“As referidas 18 notas fiscais foram emitidas por ela [empresa do cantor] para o recebimento dos valores pelo uso de imagem do cantor, conforme contratos assinados em 2022 com a Pix 365. Como não havia nenhum outro contrato de uso de imagem vigente, não foram emitidas outras notas fiscais, o que explica o fato de as notas para a Pix 365 serem sequenciais”, diz a defesa.
Sobre venda de um mesmo avião, duas vezes, para a empresa de um dos investigados, a defesa de Gusttavo Lima diz que os contratos foram feitos em nome das empresas com os seus representantes legais, o que afasta a possibilidade de lavagem de dinheiro, e que a polícia não considerou a data digital do distrato de uma das compras.
A defesa do cantor também nega que ele seja sócio e dono oculto da Vai de Bet, como suspeita a polícia. Segundo os advogados, o contrato encontrado nas investigações indica que ele tem direito a 25% de eventual venda da marca.
Já em relação à proximidade com José André da Rocha Neto, que também é investigado na operação, a defesa disse que Gusttavo Lima esteve junto do empresário em alguns eventos em decorrência de relação comercial entre os dois.
Os advogados afirmam ainda que Rocha Neto e a mulher, Aissla – também investigada –, deixaram o navio em que o cantor comemorava o aniversário na Grécia assim no dia em que a Operação Integration foi deflagrada, e que voltou ao Brasil sem os dois.
Rocha Neto
A defesa de Rocha Neto diz que as notas sequenciais da Pix365 emitidas à empresa de Gusttavo Lima são pela prestação de serviço do cantor à Vai de Bet.
Sobre a negociação de aeronaves, a defesa alega que ele usou o helicóptero como parte de pagamento do jatinho da Balada Eventos.
Quanto à movimentação financeira, Rocha Neto afirma que tem negócios diversificados e que sua família empreendeu e prosperou no ramo da construção civil, há décadas. Disse ainda que ele e a esposa hoje lideram a marca Vai de Bet.
Já sobre a participação de Gusttavo Lima na Vai de Bet, Rocha Neto afirma que o cantor tem direto a 25% da marca, mas que nunca foi sócio e jamais participou da administração.
Rocha Neto afirma também que o primeiro contato com Gusttavo Lima foi para tê-lo como embaixador da Vai de Bet e que — pela relevância da parceria — frequentaram eventos a convite dele. Um deles foi o aniversário do cantor, na Grécia, quando o casal teve a prisão decretada e não se apresentou.
Darwin Filho
Darwin Filho nega ter relação com o jogo do bicho. E quanto ao cancelamento da compra do avião do cantor sertanejo, ele disse que a transação foi lícita e regular. Segundo ele, a própria quebra de sigilo bancário confirma as informações prestadas.
*Com informações g1/Fantástico