Carlos Medeiros defende planejamento e gestão privada para revitalizar a Micareta de Feira de Santana
Para Medeiros, a principal falha na condução da festa está na falta de planejamento de longo prazo
Na segunda rodada de entrevistas com os candidatos a prefeito de Feira de Santana, transmitida pelo programa Jornal do Meio Dia da Rádio Princesa FM, Carlos Medeiros, candidato pelo partido Novo, falou sobre a importância de uma gestão mais eficiente e profissional da Micareta de Feira de Santana. Considerada uma das mais tradicionais festas de rua do interior da Bahia.
Para Medeiros, a principal falha na condução da festa está na falta de planejamento de longo prazo, o que prejudica a captação de patrocinadores e a viabilidade econômica do evento.
“Infelizmente, a Micareta de Feira muitas vezes você só sabe a data dela faltando três ou quatro meses pro evento. Como você vai colocar na sua grade de investimento, como patrocinador, um evento que você só sabe a data três meses antes?”, questionou.
Medeiros citou o modelo de negócio do Carnaval de Salvador como um exemplo a ser seguido, destacando que a festa da capital é inteiramente financiada pela iniciativa privada.
“A prefeitura de Salvador não coloca um real de dinheiro público. Quem pagava 100% do evento era a iniciativa privada, e Feira de Santana tem condição de fazer isso. É só parar de pensar que tudo é possível, não é impossível, é só colocar gente boa pra trabalhar”, defendeu o candidato.
Sobre a discussão recorrente quanto ao período ideal para a realização da Micareta – que atualmente acontece em abril, mas já teve propostas de mudança para janeiro ou setembro – Medeiros afirmou que o mais importante é o planejamento e a previsibilidade do evento.
“O mais importante não é se é em setembro, janeiro ou maio, mas sim a previsibilidade do evento pra que você possa planejar ele da maneira correta”, argumentou.
O candidato também criticou a participação de ambulantes não licenciados, prejudicando os que pagam para trabalhar na festa.
“O ambulante é o mais prejudicado na Micareta de Feira porque ele paga a licença pra trabalhar e entram outros duzentos sem ter pago nada e a prefeitura diz que não consegue controlar isso. Como é que o Carnaval de Salvador, que tem uma área de evento dez vezes maior que a de Feira, consegue controlar, e a gente não?”, comparou.
O candidato concluiu reafirmando seu compromisso em resgatar o brilho da Micareta de Feira de Santana.
“Nós vamos transformar a Micareta na festa que ela já foi um dia, com o apoio da iniciativa privada, com planejamento, gestão pública e gente boa, porque quem faz acontecer é gente boa”, finalizou.