Setembro Dourado: especialista do HEC alerta para sintomas comuns do câncer infanto-juvenil
Entre os tipos de câncer mais comuns tratados no HEC estão as leucemias, que correspondem a 33,3% dos casos
Durante o mês de setembro, é celebrado o Setembro Dourado, o Hospital Estadual da Criança (HEC) em Feira de Santana intensifica os esforços de conscientização sobre o câncer infanto-juvenil. Desde a inauguração do setor de oncologia, em novembro de 2013, a unidade já prestou atendimento a 627 pacientes. Entre os tipos de câncer mais comuns tratados no HEC estão as leucemias, que correspondem a 33,3% dos casos, e os tumores do sistema nervoso central, que representam 19,9% dos diagnósticos. Somente em 2024, o hospital já realizou mais de 4.700 consultas oncológicas.
O coordenador do setor de oncologia do HEC, Maurício Meira, fez um alerta importante sobre a necessidade de atenção aos sinais que podem indicar a presença de câncer em crianças e adolescentes.
“O câncer infanto-juvenil não sofre impacto direto quando falamos de prevenção. Por isso, o diagnóstico precoce é a melhor estratégia para aumentar as chances de cura”, afirma.
Entre os sintomas mais comuns da doença estão a perda de peso inexplicável, dores de cabeça com vômitos, especialmente pela manhã, inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações, além de protuberâncias no abdômen, pescoço ou em outras partes do corpo.
“Esses sintomas podem se confundir com outras doenças pediátricas. É essencial que os pais levem as crianças ao pediatra ao notarem algo diferente, para que, se houver suspeita, o encaminhamento seja feito aos centros especializados”, destaca Meira.
Ainda segundo o coordenador, os tipos de câncer mais recorrentes na infância são as leucemias, linfomas e tumores do sistema nervoso central.
“Cerca de 70% a 80% das crianças e adolescentes diagnosticados precocemente podem ser curados. Infelizmente, o câncer infanto-juvenil é a principal causa de morte por doença em crianças de 1 a 19 anos. Isso torna ainda mais urgente a conscientização sobre os sintomas e a busca por um tratamento adequado”, ressalta.
*Com informações do repórter Rafael Marques