Meteorologista do Inema alerta para menos chuvas e mais calor em setembro para Feira de Santana
De acordo com Maryfrance Diniz, setembro marca a transição entre o período chuvoso e a estação seca
A meteorologista Maryfrance Diniz, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), participou do programa Jornal do Meio Dia da Rádio Princesa FM, trazendo a previsão do tempo para o mês de setembro em Feira de Santana e região. De acordo com Maryfrance, setembro marca a transição entre o período chuvoso e a estação seca, com expectativa de diminuição das chuvas e aumento das temperaturas.
“Em setembro, já começa a ocorrer uma redução das chuvas, especialmente a partir da segunda quinzena. Essa é uma característica comum da estação, que marca a transição entre a estação chuvosa e a seca,” explicou a meteorologista. Ela destacou que, embora as primeiras semanas ainda possam registrar pancadas de chuva devido à passagem de frentes frias, a tendência é que o tempo se torne mais seco ao longo do mês.
Sobre o fenômeno climático El Niño, que tem impactado o regime de chuvas em diversas regiões do Brasil, Maryfrance Diniz esclareceu que a influência dele está se dissipando, dando lugar ao La Niña.
“O La Niña, que é o resfriamento das águas do Pacífico, pode ser positivo para o aumento das chuvas, mas isso só ocorrerá se o Atlântico estiver quente. No entanto, até o momento, não temos essa configuração em Feira de Santana.”
A meteorologista também comentou sobre a seca que tem atingido o Brasil, especialmente a região Norte, onde mais de 300 mil pessoas estão sofrendo com a estiagem.
“Estamos vivenciando as consequências das mudanças climáticas, que antes eram previsões e agora já são uma realidade. A tendência é que os períodos secos se tornem cada vez mais prolongados, o que afeta todo o Brasil, inclusive o Nordeste.”
Maryfrance alertou ainda para o impacto do desmatamento no agravamento da seca. “O fator humano é crucial. Quanto mais o solo fica desmatado, mais quente se torna a área, intensificando a seca. Isso pode levar a uma situação onde as áreas propensas a chuva recebam ainda mais precipitação, enquanto as regiões secas se tornam cada vez mais áridas.”
Por fim, sobre a duração dessa seca, a meteorologista reforçou a necessidade de acompanhar as previsões mensais.
“Com o desenvolvimento do La Niña e as temperaturas do Atlântico, a situação pode melhorar, mas precisamos monitorar as condições climáticas continuamente.”