Vereador denuncia irregularidades na gestão da Câmara e presidente Eremita Mota rebate acusações como “factoide”
Segundo José Carneiro, a gestão da presidência tem sido marcada por diversas irregularidades, algumas das quais ele já apresentou ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Na segunda-feira (19), o vereador José Carneiro Rocha (União Brasil) realizou uma coletiva de imprensa em Feira de Santana para apresentar denúncias contra a presidente da Câmara Municipal, Eremita Mota. Segundo Rocha, a gestão da presidência tem sido marcada por diversas irregularidades, algumas das quais ele já apresentou ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Durante a coletiva, José Carneiro afirmou que as denúncias já resultaram em notificações à Câmara por parte dos órgãos competentes, mas não confirmou se algum inquérito foi formalmente instaurado.
“O que posso assegurar é que o Ministério Público e o TCM já notificaram a Câmara para apresentar defesa”, disse ele. Entre as denúncias, Rocha destacou um servidor comissionado da Câmara que, segundo ele, recebe um salário superior ao dos vereadores. “Buscando informações no Ministério Público, descobrimos que seus rendimentos chegam a R$ 27 mil, um valor maior do que o salário de qualquer servidor ou vereador”, afirmou.
Zé Carneiro também levantou questionamentos sobre a Escola Legislativa da Câmara, que, segundo ele, contratou 80 servidores em apenas dois meses sem oferecer cursos ou atividades regulares. “Onde estão sendo dadas as aulas? Quem são os alunos?”, perguntou.
A presidente Eremita Mota, por sua vez, rebateu as acusações, classificando-as como “factoides”.
“Ele criou uma cortina de fumaça, não apresentou provas e não vai apresentar nenhuma porque eu trabalho com uma equipe muito conceituada. Ele é quem deve responder pelo fracasso do governo deles”, declarou Eremita.
Em relação à Escola Legislativa, Eremita contestou as afirmações de Zé Carneiro, destacando que ele não tem conhecimento dos procedimentos da Câmara.
“Fiquei impressionada como um homem que já foi presidente dessa casa tem a coragem de convocar a imprensa para falar coisas absurdas e mentirosas”, disse ela.
Além das questões envolvendo a Escola Legislativa, Rocha também criticou os gastos da Câmara com a reforma do prédio, que, segundo ele, totalizaram R$ 5,4 milhões, um valor que ele considera excessivo. Ele também apontou uma discrepância de R$ 1,2 milhão nas notas fiscais relacionadas aos cartões alimentação dos servidores.
Eremita, por sua vez, negou todas as acusações e mencionou que as contas da Câmara passam pelo crivo do Tribunal de Contas e não pelos vereadores. Ela ainda revelou que o Tribunal Regional Eleitoral solicitou vídeos de falas e acusações feitas por Zé Carneiro, incluindo insultos que ele teria proferido contra ela. “Isso está incomodando ele”, concluiu Eremita.
*Com informações do repórter Robson Nascimento