Cardiologista esclarece quando se preocupar com arritmias cardíacas
Cardiologista ressalta a importância de valorizar os sintomas para evitar complicações
A saúde cardíaca é um tema que preocupa muitas pessoas, especialmente quando surgem problemas como as arritmias. O Dr. Israel Reis, cardiologista, esclareceu as dúvidas mais comuns sobre este tema e indica quando é necessário buscar ajuda médica.
“O coração possui um sistema elétrico que controla o ritmo cardíaco. Qualquer distúrbio que altere esse ritmo ou frequência é chamado de arritmia,” explica Dr. Israel Reis. Ele destaca que uma frequência cardíaca normal em repouso varia entre 50 e 100 batimentos por minuto. “Abaixo de 50, chamamos de bradicardia; acima de 100, é taquicardia.”
As arritmias podem variar de benignas a potencialmente perigosas. “Existem arritmias que não causam dano ao coração, como uma palpitação rápida após um susto, que logo volta ao normal,” diz. Contudo, ele alerta para tipos mais graves que podem aumentar o risco de um AVC. “Algumas arritmias podem formar coágulos no coração, que podem se desprender e causar um AVC.”
A frequência e a duração das palpitações são sinais importantes. “Se a palpitação ocorre frequentemente ou dura mais tempo, é necessário atenção. Se a palpitação vem acompanhada de falta de ar, tontura, sensação de desmaio ou desmaio, é um sinal de alerta.” Adverte Dr. Isarel.
Pessoas com doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, obesidade ou histórico familiar de doenças cardíacas devem ter cuidado redobrado.
“Uma coisa é eu, Israel, hipertenso mas sem outras comorbidades, sentir uma palpitação ocasional. Outra é uma pessoa com múltiplos fatores de risco começar a ter palpitações,” explica.
Arritmias também podem ser causadas por fatores não relacionados ao coração, como doenças da tireoide, efeitos colaterais de medicamentos e ansiedade.
“Anemias graves e determinadas medicações podem desencadear arritmias, mesmo em pessoas sem doença cardíaca. Pessoas ansiosas podem ter o coração acelerado devido à liberação de adrenalina, mesmo que a maioria das palpitações relacionadas à ansiedade sejam benignas, é importante valorizar e investigar todas as palpitações.” Ressalta Dr. Israel.
O eletrocardiograma (ECG) é um exame essencial para detectar arritmias. “Um ECG é barato e eficaz. Ele mostra a parte elétrica do coração, ajudando a identificar arritmias,” explica. Para casos em que as arritmias são esporádicas, outros métodos como Holter de 24 horas.
Dr. Israel enfatiza a importância de valorizar os sintomas. “Você não pode determinar sozinho se uma arritmia é benigna ou maligna. Se você tem palpitações frequentes, procure uma avaliação médica. Valorizar os sintomas é crucial para evitar complicações cardíacas graves.”