Ansiedade e coração: Cardiologista alerta para essa epidemia silenciosa no Brasil
O cardiologista Dr. Cláudio Rocha trouxe à tona a relação, no Momento IDM Cardio, a relação entre ansiedade e problemas cardiovasculares.
Em um país onde a ansiedade atinge níveis alarmantes, os brasileiros convivem com as consequências desta condição na saúde cardíaca. O cardiologista Dr. Cláudio Rocha trouxe à tona a relação, no Momento IDM Cardio, a relação entre ansiedade e problemas cardiovasculares.
“O Brasil é um dos países que mais consome benzodiazepínicos, como Diazepam, Rivotril e outros. Tudo por conta desta epidemia de ansiedade”, afirma. Ele destaca que a ansiedade não apenas afeta a mente, mas todo o corpo, especialmente o sistema cardiovascular. “Quem tem ansiedade sabe das palpitações, sensação de falta de ar e hipertensão. Muitas vezes, esses sintomas são confundidos com problemas cardíacos.”
A longo prazo, a ansiedade pode causar sérios problemas cardíacos.
“Há um circuito hormonal no cérebro que comunica com o resto do corpo. A ansiedade aumenta algumas substâncias cerebrais que afetam o sistema cardiovascular, elevando a frequência cardíaca e a pressão arterial, e aumentando o risco de infarto e AVC”, explica o cardiologista.
Os efeitos físicos da ansiedade são notáveis e imediatos. “Palpitações, sudorese, tremores e até desmaios podem ocorrer. A sensação de morte iminente é um dos sintomas mais dramáticos”, conta o Dr. Cláudio, ressaltando a importância de procurar ajuda médica.
O tratamento da ansiedade pode ser medicamentoso ou não. “Há um preconceito, principalmente entre os homens, em admitir que têm transtorno de ansiedade, mas reconhecer e tratar a condição é crucial para a melhora a longo prazo”, diz o cardiologista. Ele enfatiza que é possível viver bem com tratamento adequado, sem medo de dependência de medicação.
A ansiedade tem aumentado significativamente entre jovens e adolescentes, um fenômeno exacerbado pelas redes sociais.
“A resposta imediata das redes sociais e a constante conexão com o celular contribuem para a ansiedade. Muitos jovens procuram cardiologistas imaginando que têm doenças cardíacas, mas na verdade, estão sofrendo de ansiedade”, alerta.
Atividades físicas, yoga e meditação são eficazes no tratamento da ansiedade. “A prática regular de exercícios físicos pode reduzir significativamente os sintomas. Muitas vezes, conseguimos desmamar a medicação dos pacientes que adotam um estilo de vida ativo”, revela o cardiologista.
O Dr. Cláudio Rocha destaca a necessidade de compreender e tratar a ansiedade, não apenas para melhorar a qualidade de vida, mas também para prevenir sérios problemas cardiovasculares.
“É fundamental que as pessoas reconheçam os sinais de alerta e procurem assistência médica. Tratar a ansiedade é essencial para uma vida saudável e equilibrada”, conclui.