Feira de Santana

Bancários iniciam negociações com FENABAN em busca de melhores condições de trabalho

Eritan Machado, presidente do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, detalha o processo de negociação e os desafios enfrentados pela categoria.

29/06/2024 11h55
Bancários iniciam negociações com FENABAN em busca de melhores condições de trabalho

Na última semana, a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) entregou a minuta de reivindicações aos representantes dos bancários, abrindo oficialmente as negociações para a campanha salarial deste ano. Eritan Machado, presidente do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, comentou sobre o andamento dessas negociações e as principais demandas da categoria.

“Nós iniciamos a nossa campanha salarial desde o início do ano. Aqui na Bahia, fizemos a conferência estadual dos bancários e bancárias em maio e, na primeira semana de junho, realizamos a conferência nacional. No dia 18 de junho, o Comando Nacional dos Bancários entregou a minuta para a FENABAN,” explicou.

A primeira rodada de negociações ocorreu no dia 26 de junho, com foco na manutenção dos empregos dos bancários, que vêm sendo reduzidos principalmente devido ao avanço tecnológico.

“Pedimos a retomada do princípio da ultratividade nas negociações. Com a reforma trabalhista, perdemos a garantia de que a convenção coletiva vigente continue valendo enquanto as negociações estão em curso. Hoje, iniciamos as negociações com um prazo final, e, caso não se chegue a um acordo, perdemos todos os direitos,” destacou Machado.

Ele ressaltou a importância de manter os direitos conquistados, pois os bancários brasileiros possuem a maior convenção coletiva de trabalhadores da América.

“Os bancos brasileiros apresentam lucros bilionários garantidos por esses trabalhadores. Apenas nos três primeiros meses deste ano, os cinco maiores bancos lucraram 30 bilhões de reais. Não é possível que essas instituições não deem uma contrapartida justa para os trabalhadores e trabalhadoras que garantem esses lucros exorbitantes,” argumentou.

Eritan também falou sobre as negociações futuras e a possibilidade de greve. “Temos negociações agendadas até o dia 28 de agosto. A greve não é desejada pelos trabalhadores; é o nosso último recurso para garantir direitos. Quando há uma greve, todos perdem. Os bancários perdem porque os dias parados são descontados do salário ou compensados com horas extras. Os clientes perdem o acesso às agências bancárias. Os únicos que ganham são os banqueiros, que podem aplicar o dinheiro dos clientes de forma mais tranquila,” explicou.

Ele concluiu com esperança de que as negociações resultem em um acordo favorável para os trabalhadores. “Esperamos conseguir um bom acordo e fechar uma convenção que amplie os direitos dos trabalhadores, que são os responsáveis pelos lucros estratosféricos do sistema financeiro,” finalizou Machado.

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