Impasse sindical: Comércio de Feira de Santana ficará fechado em feriados de julho
Segundo Marco Silva, a decisão divulgada nesta sexta-feira (28) contraria um acordo pré-existente registrado na convenção coletiva.
Em meio a uma negociação em curso, o presidente do Sindicato do Comércio, Marco Silva, manifestou sua surpresa com a decisão do Sindicato dos Comerciários (Secofs), liderado por Antônio Cedraz, de manter o comércio do centro de Feira de Santana fechado nos feriados de: 2 de julho, Dia da Independência da Bahia, e 26 de julho, dia de Nossa Senhora Sant’Ana.
Segundo Marco Silva, a decisão divulgada nesta sexta-feira (28) contraria um acordo pré-existente registrado na convenção coletiva.
“No dia de hoje, fomos surpreendidos, a imprensa divulgou que o presidente do Sindicato dos Comerciários, Antônio Cedraz, a quem respeitamos muito e com quem temos um excelente diálogo, já tinha comunicado à imprensa que o comércio do centro de Feira de Santana não vai funcionar no dia 2 de julho e no dia 26 de julho,” afirmou.
O presidente do Sindicato do Comércio ressaltou que o acordo firmado prevê que o funcionamento do comércio no centro da cidade deveria ser negociado individualmente para cada feriado.
“Temos um acordo firmado, escrito na convenção coletiva, onde diz que o centro da cidade, o que é centro da cidade, onde tiver no CNPJ centro, não funcionariam nessas datas. Os shoppings e os bairros estão liberados, mas o centro seria negociado ponto a ponto,” explicou.
Marco Silva lamentou a interrupção do processo de negociação, especialmente após uma tentativa de reunião no dia 19 de junho, que não foi atendida pelo Secofs.
“Emitimos um ofício em meados de junho solicitando uma reunião para o dia 19 de junho. Eles não compareceram a essa reunião. Nós tentamos falar, tivemos dificuldade de conversar com eles, mas eles disseram que o dia 2, por decisão da diretoria, não ia abrir,” relatou.
O presidente do Sindicato do Comércio destacou a importância da negociação coletiva e os benefícios que a abertura do comércio poderia trazer para os trabalhadores.
“Um dia de terça-feira, por exemplo, 2 de julho, que não vai trazer grande possibilidade de lazer, ele poderia ganhar um dinheiro extra ou até trocar essa data por outra, juntar com um feriadão, juntar no seu aniversário, antecipar umas férias. É uma carta na mão do trabalhador para que ele pudesse ter essa opção,” argumentou.
Apesar do impasse, Marco Silva reafirmou a disposição do Sindicato do Comércio em continuar as negociações de forma democrática.
“Infelizmente, a gente lamenta essa fechada de porta, mas a gente se mantém ainda aberta à negociação, seja nesse ponto ou em qualquer outro ponto, porque nós temos o entendimento que a negociação é importante para todo mundo,” concluiu.
A reportagem tentou contato com Antônio Cedraz, do Secofs, mas não obteve resposta até o momento.
*Com informações do repórter Robson Nascimento