“O que falta é vontade política de querer fazer”, afirma prefeito sobre Aeroporto de Feira
Em resposta a uma nota da Azul, que confirmou o encerramento das operações devido à baixa demanda de passageiros, o prefeito questionou a justificativa da empresa, considerando a grande importância de Feira de Santana para a Bahia.
Após o anúncio de que na próxima segunda-feira (1º), o Aeroporto Governador João Durval Carneiro, em Feira de Santana, ficará novamente sem voos comerciais, o prefeito Colbert Martins Filho lamentou a falta de desenvolvimento do aeroporto local.
“O governo do estado está gastando vinte milhões de reais para trazer voos internacionais. Por exemplo, a partir de outubro, a empresa francesa Air France vai fazer dois voos semanais entre Salvador e Paris. Isso é muito bom, outras empresas estão trazendo voos extremamente importantes para o desenvolvimento turístico e econômico da Bahia. Então, não é por falta de dinheiro. Vinte milhões de reais seriam um investimento muito importante para o aeroporto de Feira de Santana, que ainda tem a mesma pista de um quilômetro e meio construída pelo ex-governador João Durval há quarenta anos.”
O prefeito comparou a situação do aeroporto de Feira de Santana com o de Caruaru, que recentemente recebeu uma pista de dois mil e duzentos metros e um investimento de 180 milhões de reais. Ele afirmou que falta vontade política para desenvolver o aeroporto de Feira de Santana.
“Não sei o que está por trás disso, se há algum tipo de interesse maior, mas não há vontade política de fazer o aeroporto na nossa cidade. Dinheiro não falta no governo, diante de uma população enorme que abrange quase dois milhões de habitantes entre Feira e as cidades do entorno,” comentou.
Em resposta a uma nota da Azul, que confirmou o encerramento das operações devido à baixa demanda de passageiros, o prefeito questionou a justificativa da empresa, considerando a grande importância de Feira de Santana para a Bahia. Ele comparou a cidade com Vitória da Conquista, que tem cerca de 400 mil habitantes e oito voos diários, além de um aeroporto com pista de dois mil e oitocentos metros, permitindo o pouso de todos os tipos de aeronaves.
“A Azul investiu no aeroporto de Feira de Santana, mas enfrentou diversas restrições, como falta de equipamento de navegação aérea, que já estão disponíveis em Conquista. Esperamos que a Azul possa retornar, mas numa condição de operação adequada no Aeroporto João Durval,” concluiu o prefeito.
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