Dia Mundial do Vitiligo: especialista explica condição que afeta 95 milhões de pessoas no mundo
O dia 25 de junho, marca o Dia Mundial do Vitiligo, uma data destinada a aumentar a conscientização sobre essa condição dermatológica
Hoje, 25 de junho, marca o Dia Mundial do Vitiligo, uma data destinada a aumentar a conscientização sobre essa condição dermatológica que afeta milhões de pessoas globalmente. Para entender melhor sobre o vitiligo e seus impactos, conversamos com a Dra. Ana Lísia Giudice, médica dermatologista titular pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e preceptora do serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas -UFBA.
“O vitiligo é uma doença de pele causada pela destruição dos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina”, explica a Dra. Ana Lísia. “A melanina é crucial, pois protege nossa pele dos raios ultravioleta emitidos pelo sol. No vitiligo, ocorre a destruição dessas células em certas áreas da pele, levando à formação de manchas brancas.”
A condição pode se apresentar de diferentes formas. “Alguns pacientes desenvolvem vitiligo de forma segmentar, afetando apenas certas regiões do corpo como braços, tórax ou face. Outros podem apresentar múltiplas áreas afetadas simultaneamente”, detalha a especialista.
O diagnóstico do vitiligo é feito principalmente por meio de exame clínico realizado por um dermatologista.
“Utilizamos também a lâmpada de Wood, um instrumento que permite visualizar as áreas despigmentadas da pele”, acrescenta Dra. Ana Lísia.
Quanto ao tratamento, a Dra. Ana Lísia enfatiza a diversidade de abordagens. “O tratamento do vitiligo é amplo e inclui o uso de pomadas, comprimidos de vitaminas, medicamentos imunossupressores e fototerapia em câmaras de ultravioleta controlada”, explica. “No entanto, nem todos os pacientes respondem da mesma maneira aos tratamentos. Alguns conseguem repigmentar as lesões, enquanto outros podem necessitar de alternativas mais avançadas.”
Ela também menciona casos em que a despigmentação pode ser indicada.
“Quando as manchas brancas ocupam mais de 50% da superfície corporal e não respondem aos tratamentos convencionais, pode ser recomendada a despigmentação das áreas restantes.”
Concluindo, Dra. Ana Lísia ressalta a importância do acompanhamento médico contínuo para manejo adequado do vitiligo.
“Cada paciente é único, e o tratamento deve ser personalizado e supervisionado por um dermatologista especializado.”
*Com informações do repórter Robson Nascimento