Felipe Guerra e a paixão pela sanfona: Uma vida dedicada ao forró tradicional
Apesar do amor precoce, Felipe só começou a dominar o instrumento na juventude.
Felipe Guerra, cantor e sanfoneiro, compartilhou sua jornada musical com entusiasmo e um profundo amor pelo forró. Desde a infância, Felipe encontrou na sanfona sua verdadeira paixão.
Apesar do amor precoce, Felipe só começou a dominar o instrumento na juventude.
“Dominar a gente tenta, mas é um trabalho, já começa pesando treze quilos. Então a gente labuta a vida inteira pra poder domar um pouquinho,” responde. Ele começou a tocar a sanfona aos vinte anos e logo estava se apresentando. “Na segunda semana eu já fui tocar de verdade mesmo no forró que teve lá na UEFS. Não foi muito bom o som não, mas saiu,” recorda.
A parceria com o médico Israel Reis resultou na criação da banda Zabumba de Cana. A banda, formada é dedicada ao forró tradicional.
“Hoje em dia tem muita banda aí que diz que toca forró e não toca forró de jeito nenhum. Toca outra coisa.”
Felipe Guerra observa uma mudança no público do forró. “Eu tenho observado isso, mas eu vejo cada vez mais o forró conquistando o público no sudeste, conquistando o público até no sul, em outras regiões do Brasil, com mais força do que aqui,” comenta ele, notando que o forró tradicional tem ganhado adeptos fora do Nordeste. No entanto, ele lamenta que o forró seja muitas vezes confundido com outros estilos musicais. “Hoje por exemplo nós temos grandes bandas que tocam com outros estilos musicais e chamam de forró. Elas usam esse termo e pra mim o forró ele tem que ter triângulo, forró tem que ter zabumba, tem que ter sanfona e sobretudo a poesia,” afirma.
A música é a vida de Felipe Guerra, e ele expressa gratidão pela oportunidade de tocar e ver o público dançar.
“Hoje é muito importante lembrar que tem uma galera o movimento da dança aqui em Feira que pense num movimento bonito cara quando a gente está tocando e vê a galera dançando curtindo,” diz ele. “Eu queria saber dançar daquele jeito, mas Deus me presenteou tocando. Então eu toco, povo dança e todo mundo feliz.”