Professores da Rede Estadual anunciam paralisação na segunda e terça-feira
A decisão visa acompanhar a votação de projetos importantes para a categoria na ALBA
Os trabalhadores em educação da Rede Estadual decidiram, em assembleias regionais realizadas na sexta-feira (17), pela paralisação das atividades na segunda-feira (20) e na terça-feira (21). A decisão visa acompanhar a votação de projetos importantes para a categoria na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA).
Nos dois dias de paralisação, serão realizados atos em Salvador, com concentração prevista na ALBA.
Marlede Oliveira, diretora da APLB Sindicato em Feira de Santana, explicou os motivos da paralisação.
“Os trabalhadores da educação da rede estadual estão em mobilização juntamente com outros servidores públicos da Bahia. Fizemos duas semanas de mobilização e paralisação, e nesta sexta-feira, dia 17, realizamos assembleias regionais em toda a Bahia para decidir sobre a próxima semana. Foi definido que vamos paralisar na próxima segunda-feira, dia 20, e terça-feira, dia 21. A paralisação ocorrerá em todo o estado.”
Marlede também destacou que a luta não é apenas por reajustes salariais, mas também por justiça nos pagamentos de precatórios e pela valorização dos profissionais da educação.
“O governador pagou os precatórios sem juros, mas estamos articulando judicialmente porque os juros nos pertencem. Além disso, estamos lutando pelo reajuste. No ano passado, o governo deu um aumento diferenciado aos professores na ativa, mas os aposentados receberam apenas 4%. Não aceitamos isso, pois prejudica o plano de carreira. Queremos um reajuste mínimo de 10%.”
A diretora da APLB Sindicato garantiu que as aulas serão repostas.
“Queremos comunicar à comunidade que não haverá aula na segunda e terça-feira nas escolas da rede de Feira de Santana. Infelizmente, a paralisação é o único recurso que temos para pressionar o governo. Todas as aulas serão repostas, garantindo os 200 dias letivos. Nossa luta é pela valorização dos profissionais da educação na Bahia.”
A expectativa é de que a mobilização reúna um grande número de profissionais.
“Na segunda-feira, estaremos a partir das 10 horas em frente à Assembleia Legislativa, pressionando os deputados,” concluiu Marlede Oliveira.
*Com informações de Victória Silva