Policia Civil aponta disputa de facções para alta no índice de homicídios em Feira
Uma das medidas adotadas foi a transferência de lideranças de grupos criminosos do Conjunto Penal de Feira de Santana para o presídio de segurança máxima em Serrinha.
Feira de Santana teve uma escalada de violência neste mês de maio, com um registro alarmante de 13 mortes entre sexta-feira (10) e domingo (12). Diante desse cenário, a Polícia Civil agiu rapidamente, desencadeando operações para conter a situação.
Uma das medidas adotadas foi a transferência de lideranças de grupos criminosos do Conjunto Penal de Feira de Santana para o presídio de segurança máxima em Serrinha. Além disso, houve um reforço significativo no policiamento da região, com a realização de rondas terrestres e aéreas pelo Graer (Grupamento Aéreo da Polícia Militar).
O Coordenador Regional da Polícia Civil em Feira de Santana, Delegado Yvis Correia, destacou a ação conjunta entre as diferentes forças de segurança e instituições como Ministério Público e SEAP (Secretaria de Administração Penitenciária) com a Polícia Penal. Segundo ele, a rápida intervenção possibilitou a transferência das lideranças ainda na madrugada de sábado para domingo, evidenciando que as ordens para os ataques partiram desses grupos dentro do presídio. As investigações iniciais já identificaram evidências que corroboram essa hipótese, incluindo a apreensão de 13 celulares durante a operação.
O Delegado Gustavo Coutinho, titular da Delegacia de Homicídios, lamentou o aumento da violência, que contrasta com os meses anteriores de redução constante nos índices de criminalidade. Desde o mês de outubro até abril, Feira de Santana vinha apresentando uma queda nos números de homicídios em comparação com o ano anterior.
No entanto, segundo o delegado, o mês de maio começou com um índice alarmante, totalizando 23 homicídios até o momento. Coutinho expressou preocupação com a escalada da violência, atribuindo-a à guerra entre facções e aos comandos vindos de dentro do presídio.
Ainda de acordo com Gustavo Coutinho, as investigações estão em andamento para identificar os responsáveis pelos homicídios e entender melhor o perfil das vítimas, incluindo possíveis conexões com o tráfico de drogas e o contexto das facções criminosas.
*Com informações do repórter Danillo Freitas