Colbert responsabiliza governo da BA após Feira de Santana figurar como cidade mais violenta do Brasil
O prefeito enfatizou que a responsabilidade pela situação não reside na atuação da polícia, mas sim na falta de uma resposta política eficaz.
Em meio a preocupações crescentes sobre a segurança pública, um estudo internacional da ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal colocou Feira de Santana como a cidade brasileira mais violenta no ranking mundial.
Ao De Olho na Cidade, o prefeito Colbert Martins Filho comentou sobre a situação, expressando preocupação e destacando a responsabilidade do Governo do Estado na crise de segurança.
“Infelizmente se repete essa informação mais uma vez e o resultado é o que a gente percebe, Feira de Santana é uma cidade dominada pelo medo e o medo significa que há, do ponto de vista de segurança pública, um domínio de facções, a migração do Rio de Janeiro, das suas facções pra Bahia é um fato, o que nós vemos lá em Salvador, em Periperi e Valéria é uma disputa na qual as as facções ganharam espaço para o Estado.”
Feira de Santana, que já foi considerada a quarta cidade mais violenta do Brasil em 2022, subiu para o topo da lista em 2023, com uma taxa alarmante de homicídios por 100 mil habitantes, atingindo 58,69 casos.
Ao comparar Feira de Santana com a capital, Salvador, o prefeito destacou uma semelhança nos desafios enfrentados em relação à segurança pública.
“O que nós vemos lá em Salvador se reproduz aqui. Nós estamos numa cidade sitiada, numa cidade com medo, onde o governo da Bahia perdeu o controle do Estado para os traficantes, para as facções. Portanto, o que nós vemos aqui é um retrato extremamente negativo da ação do Governo do Estado, que é o único responsável por essa situação. Não adianta dizer que na Bahia a responsabilidade da polícia é de outrem, é do governo do Estado, portanto, Feira de Santana está entregue, as pessoas estão presas em casa e os bandidos estão soltos nas ruas.”
O prefeito enfatizou que a responsabilidade pela situação não reside na atuação da polícia, mas sim na falta de uma resposta política eficaz.
“Não é responsabilidade da polícia, a responsabilidade é do governo do Estado assumir como aconteceu no Equador agora, como está acontecendo em El Salvador. É responsabilidade política de ação, não é atribuir a polícia nem levantar estatísticas, o problema não está na polícia, o problema está no governo do Brasil, está no governo da Bahia.”
*Com informações do repórter Danillo Freitas