Feira de Santana

49 pacientes de várias regiões da Bahia foram atendidos em mutirão de transplante renal

Durante todo o dia, os pacientes de várias regiões do estado foram atendidos no mutirão

28/04/2024 08h26
49 pacientes de várias regiões da Bahia foram atendidos em mutirão de transplante renal
Foto: Divulgação

Uma esperança, a chance de recuperar a minha saúde. A fala partiu de Carla de Jesus Ramos, moradora de Várzea Nova e uma das pacientes em tratamento de hemodiálise em busca por uma vaga na fila do transplante renal. Carla está entre os 49 pacientes atendidos no mutirão pré-transplante realizado neste sábado, 27, pela Santa Casa de Feira de Santana.

A instituição é mantenedora do Hospital Dom Pedro de Alcântara, um dos principais centros transplantadores da Bahia. Durante todo o dia, os pacientes de várias regiões do estado foram atendidos no mutirão que possibilita o encaminhamento deles para a fila do transplante renal. A maioria enfrenta doenças renais crônicas.

A nefrologista Fernanda Albuquerque explica que o mutirão foi pensado para dar as melhores condições de indicação do paciente para a fila do transplante. “Eles passam o dia inteiro com a gente, fazem todos os exames necessários e já passam por consulta médica. A ideia é facilitar o acesso e que, desta forma, eles tenham acesso mais rápido à lista de espera”, destaca a médica, que é coordenadora do serviço de transplante da Santa Casa de Feira.

Foto: Divulgação

Antônio da Silva de Oliveira, morador de Cansanção, está em tratamento de hemodiálise na cidade de Euclides da Cunha há dez anos. Ele conta que o mutirão pode ser a nova chance de ganhar um rim novo. “Muda muita coisa na vida da gente ter saúde”, afirma. Há anos, Antonio não pode trabalhar: “além da tontura, sinto muito cansaço”, relata.

Todos os pacientes foram submetidos a exames laboratoriais, ultrassons diversos, eletrocardiograma, raio X, ecocardiograma e passaram pela consulta com a médica nefrologista, além da avaliação com a enfermeira e a assistente social.

“Com todos os exames prontos fica muito mais fácil e ágil ativá-los na lista de espera do transplante renal”, defende a doutora Fernanda Albuquerque. É uma forma de garantir um acesso mais rápido e humanizado a estes pacientes que, em geral, precisam viajar por oito, nove ou dez horas somente para fazer os exames, explica a médica.

Referência em transplante renal, a Santa Casa de Feira de Santana presta assistência a pacientes de 18 clínicas referenciadas – cada uma delas localizada numa macrorregião do Estado. Tem gente que veio do norte, da Chapada Diamantina e até mesmo do sul. “Aqui recebemos pessoas oriundas de mais de 100 municípios de toda a Bahia”, atesta Karina Ataíde, supervisora do serviço.

Desde a implantação do serviço, no ano de 2015, a Santa Casa de Feira de Santana já realizou 409 transplantes. Em 2023, foram 29 cirurgias transplantadoras.

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