Banhistas denunciam esgoto despejado na praia de Ondina supostamente por condomínio da Moura Dubeux; construtora alega que estrutura não é do empreendimento
Desde outubro do ano passado, o Jornal da Metropole denunciou a construção dos edifícios de luxo na Avenida Oceânica, que destoam dos demais por causa da altura
Banhistas e frequentadores da praia de Ondina, em Salvador, acusam um condomínio de luxo de despejar esgoto no local. De acordo com denúncia enviada ao Metro1, a poluição do mar e o mau cheiro são causados pelas torres Undae Ocean e Beach Class Ondina, da Moura Dubeux. Ambos os empreendimentos foram entregues no mês de novembro do ano passado, causando o sombreamento do local.
À reportagem, um banhista criticou, em anonimato, os empreendimento. “O mais louco é que estão oferecendo o serviço de Beach Class e tem um mês que começaram a jogar esse esgoto na praia”, disse.
Desde outubro do ano passado, o Jornal da Metropole denunciou a construção dos edifícios de luxo na Avenida Oceânica, em Ondina, que destoam totalmente dos demais por causa da altura. Os prédios possuem 17 e 21 andares, quando o máximo permitido na área são edificações de 36 metros, algo entre 11 e 12 andares.
O que permitiu erguer prédios tão altos na Área de Borda Marítima (ABM) foi o artigo 111 da nova Louos (Lei.9.148/2016) e o art. 275 do PDDU (Lei Nº 9.069/2016). Estes dois tópicos das leis permitem superar em 50% o limite do gabarito de altura dos prédios na ABM, quando estes forem construídos em substituição a imóveis deteriorados.
Em nota, a construtora afirmou que a saída de água em questão não tem contribuição do empreendimento e que a preocupação com o impacto socioambiental é parte dos projetos da Moura Dubeux. “Todo sistema de esgoto do empreendimento está diretamente ligado à Avenida Oceânica, cumprindo todas as aprovações ambientais”, alegou a construtora.
Metro1