Deputado denuncia que falta de investimento em atenção básica pela prefeitura agrava situação da dengue em Feira de Santana
Zé Neto também destacou a necessidade de cooperação entre os governos estadual e municipal para enfrentar o problema.
A situação da dengue em Feira de Santana tem gerado preocupação, tanto para os representantes políticos quanto para a população local. Diante desse cenário, questionamentos sobre as parcerias e o diálogo entre o governo estadual e municipal têm sido levantados.
O deputado federal Zé Neto expressou sua inquietação com a gravidade da situação. Segundo ele, o Hospital Clériston Andrade e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) estadual estão sobrecarregados, o que representa um desafio para o sistema de saúde.
“Eu estou por demais preocupado com a situação que nós estamos vivendo. Essa questão da dengue, ela é gravíssima e, olha, o hospital Clériston Andrade está sobrecarregado, a UPA está sobrecarregada, nossa UPA lá do Clériston, e também o Hospital da Criança não tem onde botar uma agulha. Agora qual seria a solução para amenizar isso? Chamar o município, que é o que nós fizemos.”
Zé Neto também destacou a necessidade de cooperação entre os governos estadual e municipal para enfrentar o problema. Ele mencionou que a secretária estadual de saúde convidou a secretária municipal para uma parceria visando abrir unidades de saúde para atendimento básico. No entanto, ele lamentou a falta de interesse por parte do município em participar desse diálogo.
“A secretária Roberta convidou a secretária de saúde do município, ofereceu parceria para abrir nas unidades de saúde o atendimento básico, porque, na verdade, o que está complicando é não ter o atendimento nos dois primeiros dias, o paciente piora e vai parar no hospital, mas se você hidrata nos dois primeiros dias e medica, já era. Isso não está acontecendo e está agravando, porque o município não está hidratando e dando a medicação inicial. Aí a gente chama a município, chama o exército, chama todo mundo, vamos fazer uma frente, mas não querem esse diálogo.”
O deputado enfatizou a importância da atenção básica na prevenção da sobrecarga nos hospitais e criticou a postura da gestão municipal em relação a esse aspecto. Ele ressaltou a necessidade de investimento na atenção primária para evitar complicações decorrentes da falta de cuidado adequado.
“Essa desatenção, a atenção básica, essa falta de interesse do município, de cuidar da atenção básica, só tem um objetivo, sobrecarregar. A regulação do Estado e ficar reclamando, porque toda hora eles falam da regulação como se eles não tivessem nenhuma obrigação com isso, ou seja, pra eles a saúde é hospital, é isso, pra um município que tem 55 milhões de receita, que nos últimos 24 anos só tem duas coisas que aconteceram de positiva, duas UPAS que a gente trouxe e entregou a eles, a da Mangabeira e a da Queimadinha, e esse hospital Dom Pedro aqui que a gente está ajudando, que é o que tem de positivo na cidade, na saúde, mas do ponto de vista do município nada”
*Com informações do repórter Robson Nascimento