Delegada da DEAM destaca desafios e ações no combate à violência contra a mulher
A delegada destacou a alta frequência de ocorrências registradas na delegacia
A luta contra a violência doméstica e de gênero é uma tarefa que demanda o envolvimento de toda a sociedade. Essa é a visão da Dra. Clécia Vasconcelos, delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Feira de Santana, que compartilhou insights importantes sobre o tema em entrevista ao De Olho na Cidade.
“É uma luta de todos nós se a gente não se ajudar mutuamente, fica só na letra vazia, a mídia falando tudo, mas vamos num só objetivo e a não é à toa que Feira de Santana tem um número expressivo de ocorrências, mas o número de feminicídios, graças a Deus, não é grande. Feira de Santana é destaque nacional, nesse quesito, fazendo um combate à violência produtivo.”
A delegada destacou a alta frequência de ocorrências registradas na delegacia, revelando que em alguns dias chegam a ultrapassar 20 casos. No entanto, ressaltou que esse número também reflete uma maior conscientização por parte das mulheres sobre seus direitos.
“A estatística é alta, olha, tem dias que passam de 20 ocorrências, é uma média diária de 15, quando temos menos de 10 é assim, olha, está em paz, principalmente aqueles dias como a segunda-feira, dias que emendam, em férias dias que emendam em feriado. Mas isso também é bom, bom que eu digo é o seguinte, cuidado. Mas isso retrata que a mulher já está mais ciente dos seus direitos. Ela confia na rede.”
Além do registro de ocorrências, a DEAM tem implementado diversas ações para apoiar as vítimas de violência, como o Varal Solidário, que oferece roupas às mulheres em situação de vulnerabilidade.
“O varal solidário está lá, a mulher de Feira, a sociedade de Feira nos doa roupa o ano todinho e essa mulher vítima de violência que chega lá às vezes desfigurada, com a roupa rasgada, ela consegue se refazer minimamente possível, vai lá no varal, escolhe uma roupa, troca a roupa.”
Além disso, a delegada enfatizou a importância da conscientização da população e dos canais de denúncia disponíveis.
“Tem o disque 190, a Ronda Maria da Penha, o pessoal da Polícia Militar sempre operante e tem o disque 100 também e qualquer um pode ligar pra um desses números, pode ligar pra Defensoria Pública, pode ligar pra Secretaria da Mulher, para o Centro de Excelência Maria Quitéria pra fazer a denúncia de forma anônima.”
Diante dos desafios enfrentados pelas vítimas, a Dra. Clécia Vasconcelos reforça a importância de se buscar apoio e denunciar qualquer forma de violência contra a mulher, pois a felicidade e a dignidade são direitos inalienáveis que devem ser protegidos e respeitados.
*Com informações Nau Valença