Por que nosso coração dispara? Cardiologista desvenda mitos e verdades sobre palpitações
O Dr. Israel Reis explicou que a palpitação pode assumir diversas formas, variando de paciente para paciente.
Em entrevista ao quadro Saúde do Coração em Pauta do programa Cidade em Pauta (Nordeste FM), o Dr. Israel Reis, cardiologista, mergulhou no intrigante mundo das palpitações e do coração acelerado, desmistificando conceitos e oferecendo insights valiosos sobre esses sintomas comuns.
“O coração acelerado é uma queixa muito frequente e um dos principais motivos que levam as pessoas ao médico, especialmente ao cardiologista. É importante entender que nem sempre estamos falando de arritmias quando sentimos o coração batendo mais rápido. Muitas vezes, é apenas a percepção consciente do batimento cardíaco, o que chamamos de palpitação.” Destacou o Dr. Reis.
Durante a entrevista, o médico explicou que a palpitação pode assumir diversas formas, variando de paciente para paciente.
“Alguns descrevem a sensação como palpitação na garganta, outros no ouvido, e até mesmo como se estivessem sentindo o coração na boca. Essa diversidade de relatos mostra como a palpitação pode ser desconfortável e preocupante para os pacientes.” Elucidou o especialista.
Ao abordar as possíveis causas das palpitações, o cardiologista destacou uma variedade de fatores, incluindo o uso excessivo de estimulantes como café e energéticos, anemias, hipertireoidismo, tabagismo, noites mal dormidas e até mesmo transtornos psiquiátricos, como ansiedade, síndrome do pânico e depressão.
“É importante ressaltar que nem sempre as palpitações indicam problemas cardíacos graves. No entanto, é essencial procurar um médico para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.” Enfatizou.
Ele também alertou sobre os riscos associados ao uso excessivo de estimulantes, especialmente em pessoas com condições cardíacas pré-existentes.
“O abuso de cafeína e outros estimulantes pode desencadear arritmias, principalmente em pacientes com doenças cardíacas”, explicou.
Quando questionado sobre como diagnosticar uma arritmia, o Dr. Reis destacou a importância da história clínica detalhada e de exames como o eletrocardiograma e o Holter.
“Esses exames nos ajudam a identificar se o paciente está realmente tendo arritmias e a entender sua frequência e gravidade”, esclareceu.
Por fim, o Dr. Reis encorajou as pessoas a procurarem ajuda médica caso sintam palpitações com frequência.
“Não ignorem esses sintomas. É fundamental investigar a causa das palpitações e buscar o tratamento adequado”, concluiu o especialista. “Cuide do seu coração, evite excessos e mantenha um estilo de vida saudável.”