Moradores do bairro Mangabeira relatam sofrer prejuízos com chuvas
Prejuízos com móveis, perdas de livros, prejuízos na estrutura, dentre outras complicações, foram relatadas pelos moradores.
Os moradores da Rua Tupinambás, no bairro Mangabeira, próximo a Avenida Iguatemi, relatam ter sofrido prejuízos com as fortes chuvas que aconteceram em Feira de Santana durante este final de semana. Segundo os relatos, houve um aumento no volume de água da Lagoa Chico Maio, que transbordou e invandiu as residências e estabelecimentos, provocando perdas e alagamentos.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Thiago Metalúrgicos, salientou que alguns dos residentes correm risco de terem suas casas desabadas.
“Tem casas aqui que perdeu tudo, pedimos socorro a Prefeitura. É a rua principal da Mangabeira, e essa lagoa é recorrente que quando chove, alaga tudo, trazendo prejuízos aos moradores. Toda chuva é isso, não se faz uma obra de drenagem, é preciso fazer um canal. Enquanto não fizer um canal para desaguar a água da Lagoa Chico Maia, toda chuva vai ser isso, os moradores perdendo tudo. Essa chuva foi acima de todas as outras, então as casas estão com seus muros estourados, perderam cama, tudo que se tem, todo mundo na rua tentando procurar abrigo”, aponta Thiago.
Conforme um dos moradores, a situação já acontece todos os anos.
“Isso aqui é uma tragédia já anunciada. Todos os anos, os moradores vêm sofrendo com isso aqui. A gente procura a prefeitura, e entra prefeito e sai prefeito, e nada acontece. Já tem 24 horas, que a chuva passou, a grande chuva passou, e essa drenagem aqui que não faz. A gente pode observar ali a lagoa ‘sangrando’, e a prefeitura não faz uma obra de drenagem. Sabemos que a população cresceu, e o pessoal vem fazendo o uso indevido da lagoa, fazendo seus aterramentos na lagoa. E assim, é uma omissão da prefeitura, porque se tem conhecimento e não toma providência”, relata o morador.
Outro morador conta que as águas invadiram seu comércio, comprometendo suas mercadorias e causando prejuízos financeiros.
“Perdemos 90% da mercadoria, e ficamos a mercê. Como é que a gente vai botar outra mercadoria nova para tornar ser reguer? Tem gente aterrando a lagoa e os órgãos públicos parece que não estão vendo, não fiscalizam. A gente paga impostos, para ver retorno e não ver retorno, estamos tendo prejuízo. Peço a prefeitura que faça uma drenagem aqui, nessas redes. A população daqui está sofredora, e dessa vez o descaso foi maior do que das outras vezes”, conta.
Já a esposa do comerciante, conta que a água comprometeu o material escolar do seu filho.
“Perdi o livro do meu filho que eu acabei de comprar para a escola, e não sei como é que ele vai estudar. Estou muito triste, estou muito nervosa, meu coração está muito apertado. É um descanso total, entra prefeito, sai prefeito e ninguém resolve nada. Governador, escute a gente, pegue luta da gente, pegue essa causa em nome de Jesus, porque não estamos aguentando mais sofrer, ver o nosso pão de cada dia ir embora”, disse a moradora.
Prejuízos com móveis, perdas de livros, prejuízos na estrutura, dentre outras complicações, também foram relatadas pelos moradores, que preferiram não se identificar.
*com informações do repórter Sotero Filho