Bahia

Alba discute integração da Guarda Municipal à Segurança Pública do Estado

Profissionais, líderes da categoria, poder público e legisladores estaduais e municipais discutiram sobre a PEC 171, que trata do tema

06/12/2023 08h13
Alba discute integração da Guarda Municipal à Segurança Pública do Estado
Foto: Sandra Travassos/ALBA

A integração da Guarda Municipal à Segurança Pública do Estado foi tema de audiência promovida, nesta terça-feira (5), pela Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Durante o evento, profissionais e líderes da categoria, além de representantes do poder público e de legisladores estaduais e municipais discutiram sobre a PEC 171, de autoria do presidente do colegiado, deputado Pablo Roberto (PSDB), que trata do tema em questão.

Segundo o autor, a PEC protocolada em 24 de outubro deste ano é respaldada por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu a constitucionalidade da inclusão das guardas municipais no sistema de segurança pública. O deputado salientou ainda que a proposta tem como objetivo principal fortalecer as ações de combate à criminalidade, oferecendo recursos, armamentos e capacidade de compartilhar informações de inteligência entre as forças de segurança estaduais e municipais.

A matéria já obteve as assinaturas para tramitação e se encontra, atualmente, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para a produção de relatório, votação e encaminhamento ao plenário. “A audiência é uma oportunidade de ouvir as autoridades e a categoria para contribuir e colaborar com essa discussão, que entendemos ser muito importante para a sociedade”, Pablo Roberto.

Além do presidente da comissão, participaram da mesa a deputada Ludmilla Fiscina (PV); o delegado André Augusto Oliveira, representando a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP); Anísio Amaral Viana Filho, delegado de Polícia Civil, representando a Delegacia Geral; o presidente da Associação Nacional dos Guardas Municipais (AGM Brasil), Reinaldo Monteiro da Silva; o presidente da Associação Nacional de Altos Estudos em Guarda Municipal do Brasil (ANAEGM), Izdalfredo Ismerin; o diretor de Assuntos Jurídicos dos Sindicatos Municipais do Estado da Bahia, comandante Andrade; o comandante Itamar Soares da Cruz, da Guarda Municipal de Feira de Santana; o diretor da Associação das Guardas Municipais da Região Sisaleira, Mackeyb Oliveira; o tenente-coronel Maurício, do Comando-Geral da Polícia Militar; o gerente estratégico da Guarda Municipal de Salvador, Rodrigo do Carmo; e o vereador de Feira de Santana, Pedro Américo.

PAINEL

O primeiro a falar no evento foi o presidente da Associação Nacional das Guardas Municipais (ANGM), Ronaldo Monteiro, que fez um painel sobre Segurança Pública Básica e a importância das guardas municipais na construção de uma política pública de segurança nos municípios e para a organização do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).

“A PEC 171, do deputado Pablo Roberto, vem a calhar, para que os prefeitos possam entender, de fato, o seu papel na segurança pública municipal, a Segurança Pública Básica como direito social de todo cidadão, assim como a saúde e a educação básica. O prefeito tem o dever de prover esse direito, para que todos os outros possam ser garantidos”, pontuou Monteiro.

Em sua fala, ele lamentou que muitas pessoas citem a atribuição das guardas como algo menor, restrita e patrimonial. “A proteção de patrimônio, bens, serviços e instalações é muita coisa dentro de um município”, afirmou. Para o presidente da ANGM, todos os serviços oferecidos pelo município deveriam ser protegidos por uma guarda municipal bem estruturada, com uma política de segurança e com o plano municipal previsto na lei do SUSP.

Segundo Ronaldo Monteiro, 73% dos municípios baianos têm até 20 mil habitantes, dificultando a ação do aparato da Segurança Pública do Estado. “Então, a cidade tem que se organizar para ter um mínimo de estrutura de segurança pública local, porque se o município fizer o básico na segurança pública, as PMs e as forças militares do Exército poderão, de fato, cumprir o seu papel constitucional, que é combater os crimes de maior potencial ofensivo”, concluiu.

Representando a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, o superintendente de Gestão Integrada da Ação Policial (Siap), André Oliveira, tratou também sobre o papel do município na segurança pública e reafirmou a orientação do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do secretário Marcelo Werner, pela busca da integração com os outros órgãos. Na sua opinião, se as ações dos municípios forem direcionadas ao público local, mais vulnerabilizado, o efeito delas será mais rápido e direto nos índices de segurança pública.Playvolume00:00/00:51TruvidfullScreen

“É de fundamental importância que se fale do papel dos municípios na segurança pública, na saúde e na educação, porque nós vivemos no município, e é no município que nós sentimos a deficiência ou a qualidade dos serviços públicos”, frisou.

*Bahia.ba

Comentários

Leia também

Bahia
Porto Seguro passará a cobrar taxa para acesso de veículos visitantes a partir de 2026

Porto Seguro passará a cobrar taxa para acesso de veículos visitantes a partir de 2026

Segundo a prefeitura, o valor será destinado para infraestrutura e preservação ambiental ...
Bahia
Santo Estêvão anuncia programação completa da Micareta 2025 – Cidade Folia

Santo Estêvão anuncia programação completa da Micareta 2025 – Cidade Folia

Com o tema “Se vista de alegria e venha!”, a festa vai reunir artistas consagrados...
Bahia
Prevenção ao suicídio de jovens mobiliza programação dos Coletivos Bahia pela Paz

Prevenção ao suicídio de jovens mobiliza programação dos Coletivos Bahia pela Paz

Atividades fazem parte da Campanha Setembro Amarelo e acontecem em Feira de Santana e Salvador ...