Projeto que proibe linguagem neutra em documentos públicos tramita na Câmara
O projeto é de autoria do vereador Edvaldo Lima
Tramita na Câmara Municipal de Vereadores o Projeto 39, que proibe o uso da linguagem neutra em documentos de ordem pública. O projeto é de autoria do vereador Edvaldo Lima, que, dentre as justificativas, afirmou que “a Academia Brasileira de Letras não vê razão para a adoção oficial da linguagem neutra”.
“Não existe a linguagem neutra, pelo bem da verdade, as pessoas colocam na cabeça e querem fazer empurrar de goela a baixo esta postura de que existe a palavra ‘todes’. A palavra ‘todes’, você está falando para quem? Para o vento? Porque eu não entendo. Ah, mas tem cidadãos que dizem que não é nem homem, nem mulher, mas ele é um cidadão como eu, então se encaixa em um ‘boa noite a todos’, porque todos são cidadãos. ‘Ah não, mas eu quero que coloque todes, porque ai eu me encaixo’ Isso é uma aberração, um derespeito, uma imoralidade, e afronta a sociedade brasileira, afronta principalmente a Deus Todo-Poderoso, que criou lá no Éden o macho e a fêmea e acabou a história. Não tem duas histórias, é homem e mulher”, afirma o vereador.
Conforme, consta no projeto, a linguagem neutra será proibida de ser utilizada em todo e qualquer documento público ou escolar. Ainda, o projeto afirma que “é garantido aos estudantes do Município de Feira de Santana o direito ao aprendizado da língua portuguesa de acordo com as normas legais de ensino estabelecidas com base nas orientações nacionais de Educação”.
“O projeto tem punição para o governo do município, se ele permitir a escola ou algum órgão do governo no papel oficial se pronunciar desta forma. O governo será punido dentro da forma da lei”, salienta.
*com informações do repórter Robson Nascimento