Homenagens e orações marcam o Dia de Finados no Cemitério Piedade, em Feira
Cidadãos visitaram os túmulos dos seus entes queridos para colocar flores e prestar homenagens
Celebrado nesta quinta-feira (2), o Dia de Finados, também conhecido como Dia dos Mortos, é uma data especial que tem como objetivo lembrar e honrar aqueles que já partiram. Neste dia, muitas pessoas visitam os túmulos de seus entes queridos para prestar homenagens e realizar orações.
No cemitério Piedade, em Feira de Santana, os indivíduos se reuniram com flores e demais ornamentos. É o caso do Sr. Edilberto, que nunca deixa de ir ao cemitério durante a data.
“Sempre venho aqui porque tenho meus pais enterrados aqui, há alguns anos, e tenho amigos também que eu venho reverenciar nesse momento, principalmente hoje, o dia importante para que nós possamos orar e pedir pela alma de cada um deles. É um momento de trazer à memória como se tivesse vendo aquela pessoa, lembrando dos bons momentos que convivemos e pedir a todos que aqui estão para orar por proteção, para que nós possamos viver nesse mundo tão cheio de violência”.
Segundo o Padre Francismario, a missa não é apenas um momento, mas sim uma oportunidade de celebrar a vida. É um momento de ressignificar, recordar e trazer esperança.
“Essa é uma celebração de esperança que nos traz essa capacidade de recordar os nossos entes queridos, na certeza da feliz ressurreição. É uma maneira também de, dentro da nossa fé católica, recordar a experiência da morte de uma forma diferente. Não daquela experiência dolorosa, mas, tendo passado a experiência do luto, olhar para aqueles que já partiram de uma forma diferente, motivados pela esperança, sobretudo, na esperança da promessa de Jesus, que nos garantiria a vida eterna”, afirma o Padre.
Para o Jackson dos Santos, além da significância sentimental, a data também é uma oportunidade para conseguir renda extra. Todo ano, Jackson vai ao cemitério e oferece o serviço de pintura e retoque dos túmulos.
“Sempre trabalho aqui para levar o pão de cada dia para dentro de casa. Eu sou pintor de covas, deixo tudo bonitinho para o pessoal, o preço, depende, cobro de 20 até 40 reais. Chego aqui cedo, umas 5h30, e assim que abre eu entro para começar a trabalhar”, conta o pintor.
A Dona Gisélia Maria Souza Santos também aproveita a data para comercializar flores. A comerciante já trabalha com flores há mais de 40 anos. Inicialmente, com flores naturais, mas atualmente se dedica apenas as artificiais. Suas mercadorias variam, mas pode custar a partir de 20 reais.
“Sempre vem jovens, senhores, senhoras, algumas amizades que fazemos por aqui, meus clientes de todo ano vem comprar na mão. É um trabalho que eu começo a fazer durante cinco meses. E eu não vendo só aqui, tenho outra barraca no Celestial. Vale a pena”, pontua a comerciante.
*com informações do repórter Danillo Freitas.