Feira de Santana e seus casarões: historiador destaca importância da preservação
A cidade completou 190 anos no último dia 18 de setembro
Foto: site Tripadvisor
Feira de Santana completou 190 anos de emancipação política no último dia 18 de setembro. A Princesa do Sertão é uma cidade localizada no coração do estado da Bahia, e conhecida por sua rica história e arquitetura encantadora. Entre as preciosidades arquitetônicas que adornam suas ruas, destacam-se os imponentes casarões, testemunhas silenciosas do passado glorioso dessa região.
Esses casarões, verdadeiros tesouros históricos, são uma herança dos tempos áureos de Feira de Santana, quando a cidade era um importante polo econômico e cultural. Construídos principalmente no século XIX, eles refletem a influência de diferentes estilos arquitetônicos, como o neoclássico, eclético e colonial.
O historiador Carlos Brito, em entrevista ao programa Jornal do Meio Dia (Princesa FM), nesta segunda-feira (25), falou sobre a importância desses casarões.
“Se de repente todos os registros que deu origem à esta cidade for descaracterizado, não teremos referência alguma para contar as histórias para os que ainda não a conhecem. A gente tem um passado, uma história para contar. Quando você destrói um imóvel antigo, está sepultando parte da história daquele local. Essa cidade não nasceu do nada, é por isso que é importante lutar e brigar para preservar essa memória”.
Além da beleza arquitetônica, essas construções têm histórias fascinantes para contar. Muitos casarões foram residências de famílias abastadas e palco de importantes eventos sociais da época. Em seus salões e jardins, foram realizadas festas, bailes e reuniões que marcaram a vida social da cidade.
“É muito difícil porque vimos muita casas caírem e hoje viraram estacionamentos. É rasgar um pedaço da história. Mas a necessidade das famílias levam à destruição dos patrimônios”, disse Brito.
Os casarões de Feira de Santana são verdadeiras jóias arquitetônicas que preservam a memória e a identidade dessa cidade. Eles são testemunhas de um tempo passado, mas continuam a encantar e inspirar aqueles que têm a oportunidade de conhecê-los.
“O abrigo do Nordestino, abrigo da Jota Pedreira, o do Predileto. Todos estes são fatores muito importantes para o futuro. Precisamos deixar um legado para nossos filhos”.
Segundo o historiador, um casarão, para ter considerado patrimônio, precisa obedecer alguns critérios.
“Precisa ter relevância arquitetônica, ter passado. A idade é um fator importante. São algumas características próprias. Por exemplo, o prédio da Prefeitura foi inaugurado em 1926. Uma arquitetura própria que representou uma época. O Palácio do Menor já está ficando descaracterizado, se não conseguirem restaurar, não terão mais justificativa”.