Pressionado pelo governo, Copom se reúne nesta terça-feira para discutir nova Selic
Na véspera da reunião, o ministro Rui Costa (Casa Civil) e o vice-presidente Geraldo Alckmin defenderam um recuo de 0,50 ponto percentual e não 0,25, como espera o mercado
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta terça-feira (1º) e na quarta-feira (2) para definir a nova Selic, a taxa básica de juros. O encontro contará com a estreia dos dois novos diretores indicados pelo presidente Lula (PT): Gabriel Galípolo e Ailton Aquino.
Galípolo é ex-secretário-executivo da Fazenda e assumiu a diretoria de Política Monetária do Banco Central. O setor dele é o que dá embasamento técnico para as mudanças na Selic. Já Aquino é servidor de carreira e agora novo diretor de Fiscalização.
A expectativa é que Galípolo, que é ex-braço direito do ministro Fernando Haddad, consiga levar a visão do governo ao colegiado. Ele é visto também como um possível nome para substituir, em 2025, o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.
O governo tem pressionado por uma queda na Selic. Na última segunda-feira (31), véspera da reunião do Copom, a pressão do presidente ganhou ainda mais força. O ministro Rui Costa (Casa Civil) e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que comanda também a pasta do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, defenderam, por exemplo, que a taxa tenha uma queda de 0,50 ponto percentual. Parte do mercado, no entanto, prevê uma queda 0,25 ponto, de acordo com as sinalizações já dadas pela autoridade monetária.
*Metro 1