Cuidados contra queimaduras: cirurgião destaca importância de identificar ambiente causador e extensão das lesões
Dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) indicam que, no Brasil, são registradas anualmente cerca de 1 milhão de pessoas com queimaduras, das quais 100 mil procuram atendimento médico.
Dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) indicam que, no Brasil, são registradas anualmente cerca de 1 milhão de pessoas com queimaduras, das quais 100 mil procuram atendimento médico. Neste mês de junho, os cuidados precisam ser redobrados, de acordo com o cirurgião plástico Dr. Bernardo Fontes, identificar o ambiente causador e a extensão da queimadura são fundamentais.
“Uma queimadura em ambiente fechado, em que o paciente inala fumaça, é necessário tomar muito cuidado, pois existe a queimadura das vias aéreas. Temos que observar queimaduras na face, se queimou supercílios, se queimou cílios, se o paciente ainda tem dificuldade respiratória. Então, temos que identificar qual foi o agente que causou isso, o ambiente causador e a extensão dessa queimadura, pois há pacientes que precisam ser internados”, informa.
As queimaduras podem ser classificadas em diferentes graus. A de primeiro grau é aquela que envolve apenas a epiderme, a camada mais superficial da pele. As de segundo grau são divididas em superficial e profunda. Já as queimaduras de terceiro grau são profundas e acometem toda a derme, atingindo tecidos subcutâneos, com destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e capilares sanguíneos. Podendo inclusive atingir músculos e estruturas ósseas. A de quarto grau normalmente é a queimadura causada por descarga elétrica.
“Primeiro, afaste-se do agente causador. Se for chama, você precisa se afastar primeiro. Tire a roupa daquele local. A água corrente é o mais importante. Coloque-a abaixo do chuveiro ou da torneira. Não passe nada. Isso porque, dependendo do tipo de queimadura, você precisa avaliar o grau de necessidade de internação. Uma queimadura de segundo grau que atinja mais de 20% de uma área corporal queimada requer internação. Em crianças menores de dez anos e idosos, 10% da área afetada pode exigir internação”, aconselha.