Como contraponto à Câmara, senadores têm garantido votações mais tranquilas ao governo Lula
O Palácio do Planalto tem dificuldades para criar sua base de aliados, especialmente na Câmara, já que a bancada de esquerda reúne apenas 130 das 513 cadeiras
Enquanto o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem passado por apertos na Câmara dos Deputados para aprovar projetos, o Senado tem sido um contraponto nas votações.
O Palácio do Planalto tem dificuldades para criar sua base de aliados, especialmente na Câmara, já que a bancada de esquerda reúne apenas 130 das 513 cadeiras. O grupo que está fazendo diferença na relação é o Centrão, que possui cerca de 300 parlamentares e são comandados pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP).
O progressista apoiava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o mandato anterior, todavia, com a alternância de poder no Palácio, ocorre um cabo de guerra por negociações de emendas e cargos.
Já o Senado apresenta um ambiente mais tranquilo para o petista. O presidente Rodrigo Pacheco (PSD) é um dos maiores braços direitos de Davi Alcolumbre (União), que foi um dos conselheiros na hora de formar o governo Lula. A aprovação da MP da Esplanada ocorreu por 51 a 19 votos contrários apenas no Senado.
Outro ponto que evidencia esse maior alinhamento é a morosidade de algumas tramitações de projetos na Casa, o que permite o governo articular melhor. É o que está acontecendo com o novo marco do saneamento e o que deve ser feito também com o Marco Temporal. O texto avançou na Câmara, com apoio da bancada ruralista, mas no Senado deve passar por discussão cautelosa.
*Metro 1