Audiência Pública debate atual situação da saúde de Feira de Santana
Fila de regulação e terceirização de trabalho foram algumas das pautas discutidas
A audiência pública da Câmara Municipal de Vereadores desta segunda-feira (8) foi marcada por debates sobre a situação da saúde pública de Feira de Santana. Segundo a diretora do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), Cristiana França, é necessário ter atenção para a saúde básica.
“A saúde básica é o alicerce do município. Quando a cidade tem uma saúde básica organizada, pouco os cidadãos precisam da unidade hospitalar, sem isso organizado, deixa um deficit muito grande, fazendo com que os hospitais fiquem muito cheios e é isso que vemos no HGCA. Muitos pacientes chegam aos hospitais porque deixam de ter as suas consultas na atenção básica”, afirma a diretora.
De acordo com Cristiana França, o público de Feira de Santana são um dos principais paciente dos grandes hospitais. Conforme ela, a existência de um Hospital Municipal ajudaria a diminuir a carga de pacientes que ocupam os hospitais, como é o caso do HGCA.
A situação dos profissionais de enfermagem também foi discutida com a Representante do Sindicato de Enfermeiros do Estado da Bahia (Seeb), Cristiane Gusmão, que trouxe a terceirização como algo a ser alterado.
“É preciso acabar com toda a terceirização, porque essa é uma precarização do trabalho, tirou as cooperativas, e colocou a empresa terceirizada. Embora tenha alguns direitos trabalhistas, o contrato não fica na mão, não recebe contra-cheque para saber se o valor recebido realmente é correto, e é dificil. Até para nós do Sindicato é uma dificuldade imensa, porque o que a empresa me fala é uma coisa, mas eu ainda preciso ver o contra-cheque”, afirma.
A representante relatou que já se reuniu Ministério Público debater essas demandas, inclusive sobre a relação entre a Prefeitura e a empresa IMAPS, que estavam discutindo sobre o atraso de pagamentos dos funcionários. A próxima reunião com o Ministério está marcado para o dia 18 deste mês e, conforme ela, caso a situação não se resolva, as discussões serão judicializadas.
*com informações do repórter Robson Nascimento
*MATÉRIA EM ATUALIZAÇÃO