Feira de Santana

Micareta de Feira: Conheça a história por trás dos festejos

Inicialmente os festejos eram chamados de “Micareme”

20/04/2023 15h33
Micareta de Feira: Conheça a história por trás dos festejos
Foto: Luis Troina

Suspensa por dois anos devido a pandemia da Covid-19, a Micareta de Feira retorna nesta quinta-feira (20), trazendo atrações como Ivete Sangalo, Léo Santana, Claudia Leitte, Thiago Aquino, dentre outras. Sendo considerada a maior Micareta do Brasil, a trajetória do festejo começa em 1937.

“Feira tinha um carnaval muito animado, mas em 1937 fortes temporais atacaram a cidade, e impossibilitando a realização dos festejos carnavalescos. Por isso, o prefeito da época, Heráclito Dias de Carvalho, decidiu transferir a data os festejos, mas, ressalte-se, sem determinar o dia, porque logo após o carnaval, vem o período da quaresma”, explicou o presidente da Academia Feirense de  Letras, Eduardo Kruschewsky, em entrevista ao De Olho na Cidade.

Naquele ano, com a festa marcada para o Domingo de Páscoa, foi criada uma comissão organizadora liderada pelo coletor estadual  Manoel da Costa Ferreira, e representantes da do setor artístico e do comércio. Inicialmente, o festejos foi chamado de “Micareme”.

Na primeira Micareta da cidade, participaram do evento três blocos: “A Flor do Carnaval”, “Filhos do Sol”, “As Melindrosas” e mais o convidado “Cruz Vermelha”, vindo de Salvador.

O evento, então, foi alterado e passou a ser realizado quinze dias após a Semana Santa e sua fama cresceu, principalmente em Salvador, passando a chamar-se “Micareta”.

Porém, a mudança foi bem aceita pelo povo  e o evento passou a ser realizado quinze dias após a Semana Santa e sua fama cresceu, principalmente em Salvador, passando a chamar-se “Micareta”.

As primeiras entidades afros, os famosos afoxés e blocos de índios,   além de escolas de samba surgiram na década de 40, entre elas “Acadêmicos da Feira”, “Mocidade Feirense” e “Malandros do Morro”, esta última criada por Oscar Marques, o “Oscar Tabaréu”, comerciante, dono do “Cassino Irajá” e, mais tarde, deputado estadual. 

Em 1954, com o estrondoso sucesso que fazia o trio elétrico Dodô    & Osmar, em Salvador, criado três anos antes, em 1951, o coordenador Oscar Tabaréu resolveu trazer a famosa “fobica” para a Feira de Santana. Foi este o primeiro trio elétrico a apresentar-se na folia feirense.

A festa cresceu e, na presidência de Osvaldo Franco (Ioió Goleiro) foi transferida para a Avenida Senhor dos Passos, expandindo-se pela Praça João Pedreira e Avenida Getúlio Vargas, ocupando os dois lados da avenida. Alcançando fama nacional, a Princesa do Sertão passou a receber turistas de todo o país. 

Mais tarde, na gestão de José Raimundo de Azevedo, a festa foi ampliada, estendendo- se pela Avenida Getúlio Vargas e permanecendo parte na Avenida Senhor dos Passos. Finalmente, em 2000, por iniciativa do secretário  Professor José Raimundo e do prefeito Clailton Mascarenhas, com a aprovação popular, a Avenida Presidente  Dutra foi transformada  no palco ideal para a grande festa.

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