Aline Peixoto defende trajetória, fala das posições que adotará se virar conselheira no TCM e se emociona em sabatina na AL-BA
Arguição pública durou cerca de 2 horas
A enfermeira e ex-primeira-dama do estado Aline Peixoto foi a primeira candidata ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) a ser sabatinada nesta segunda-feira (6). A arguição pública durou cerca de 2 horas, na sede da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
A indicação de Aline para o cargo foi bastante questionada pelo que nacionalmente repercutiu como “espotismo” — uma variação do termo “nepotismo”, mas relacionado a esposas —, pela ligação com ex-governador e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Diante da repercussão negativa, Aline se emocionou durante o seu discurso de abertura e reclamou das críticas recebidas, as quais ela caracterizou como “ataques”. Nas considerações iniciais, ela também falou sobre a sua trajetória profissional e política.
Em seguida, a relatora Ivana Bastos (PSD) deu parecer favorável à aprovação do nome de Aline Peixoto e abriu espaço para as perguntas.
Sabatina
O deputado estadual Robinho (UNIÃO), da bancada de oposição, foi o primeiro a tentar questionar a ex-primeira-dama. Ele pediu uma opinião de Aline Peixoto sobre a posição do senador Jaques Wagner (PT), que já deixou claro ser contra a sua candidatura. Entretanto, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Maria Del Carmen (PT), vetou o questionamento com o argumento de que não era uma pergunta técnica. A candidata não respondeu a indicação.
No decorrer da sessão, Aline disse que, caso eleita, pretende desenvolver uma escola de contas no TCM para capacitar os gestores. “Quero fazer um treinamento contínuo”, declarou, ao endossar o discurso da deputada estadual Fabiola Mansur (PSB) contra o punitivismo aos prefeitos.
O deputado Hilton Coelho (Psol), por sua vez, questionou se a ex-primeira-dama tem capacidades jurídicas e econômicas para ocupar o cargo do TCM, uma vez que Aline Peixoto é enfermeira por formação. A candidata argumentou que apresentou todos os documentos para a bancada governista que, segundo ela, considerou que está apta para ser conselheira da Corte de Contas.
Acusações e defesas
Durante a reunião, deputados bateram boca após Marcinho Oliveira (UNIÃO) pedir para fazer questionamentos. O deputado não faz parte do bloco autorizado a participar da sabatina. Governistas reclamaram e posicionaram-se contra a colaboração.
A presidente da CCJ, então, vetou a participação de Marcinho Oliveira. Diante disso, integrantes da oposição protestaram e disseram que estavam tendo “a fala cerceada”.
Ainda em discursos realizados durante a sabatina, os deputados governistas defenderam a presença das mulheres no TCM.
Após o fim da sabatina, o relatório da indicação de Aline Peixoto para o TCM foi aprovado unanimidade na CCJ.
*Metro 1