Após quase 60 anos, ferrovia Bahia-Minas é reconstruída com investimento de R$ 12 bilhões
A ferrovia parte de Caravelas a Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, e tem previsão de 2 anos para ficar pronta
O sul da Bahia e o nordeste de Minas Gerais voltarão a ser ligados por uma estrada de ferro depois de 57 anos. Na última terça-feira (7), o Diário Oficial da União publicou a autorização para que fosse construída a ferrovia Bahia-Minas, destinada ao transporte de cargas e turismo, que parte de Caravelas a Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha. O modal será comandado pela empresa MTC – Multimodal Caravelas por 98 anos, segundo deliberação feita pela Agência Nacional de Transportes (ANTT).
Para a construção da ferrovia, que levará cerca de dois anos, estão previstos investimentos estimados em R$ 12 bilhões. Depois de pronta, ela pode beneficiar as cidades de Teixeira de Freitas e Caravelas, na Bahia, e Araçuaí, Novo Cruzeiro, Teófilo Otoni, Carlos Chagas, Nanuque, Aimorés, Argolo, Posto da Mata, em Minas Gerais.
“A celebração do contrato de adesão é o nosso ponto de partida. Temos o prazo de 30 dias para assinar este contrato com o Ministério de Infraestrutura Brasileira de Transportes. A partir daí, podemos iniciar os projetos de engenharia e de licenciamento ambiental pertinentes à construção da ferrovia”, informou Fernando Cabral, diretor da MTC.
A estrada terá uma extensão de 578 quilômetros, com a possibilidade de implementação de ramais para acesso à Teixeira de Freitas e à fábrica da Suzano, na cidade de Mucuri.
Em 1966, a estrada de ferro que partia de Ponta de Areia, distrito de Caravelas, e ligava Bahia a Minas foi desativada por não garantir mais o lucro esperado no transporte de madeira e café. Atualmente, além da sobrecarga atual do sistema rodoviário, uma das principais justificativas para a construção da nova ferrovia é a possibilidade de redução dos custos de transporte de produtos, que pode chegar a 30%.
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