Hora do Empreendedorismo

Aos 16 anos e com R$ 200 reais jovem empresário conta como conseguiu criar uma marca de sucesso

Ele fala sobre os desafios enfrentados no começo e o tão almejado êxito em seus propósitos.

25/01/2023 10h24
Aos 16 anos e com R$ 200 reais jovem empresário conta como conseguiu criar uma marca de sucesso
Foto: Divulgação

Rafael Marques

O quadro Hora do Empreendedorismo, do Jornal do Meio Dia (Princesa FM – 96,9), recebeu na última terça-feira (24), o empresário Lucas Oliveira, idealizador da marca de roupas e acessórios De Buenas, que é sucesso em Feira de Santana, conhecida no Brasil e no mundo. Ele fala sobre os desafios enfrentados no começo e o tão almejado êxito em seus propósitos.

Lucas era jogador de futebol, mas tinha em mente um outro sonho: ser empreendedor. E ainda menor de idade, resolveu investir nos objetivos. A partir daí, surgiu a ideia de criar a sua própria marca.

“Comecei aos 16 anos de idade. Jogava futebol, mas depois decidi seguir um novo passo na minha vida, poder ser dono das minhas ações e atitudes, e ter minhas responsabilidades. Em 2016, tive a ideia de colocar minha marca, porém, iniciei, primeiramente, com importados, viajei pra 25 de Março para buscar produtos, até conseguir ter um capital pra poder investir. Sempre gostei de falar que tava de boa, e procurei algo que ficasse na mente da galera. Daí busquei: porque não De Buenas? É uma parada muito massa que fica na mente das pessoas”, contou.

O jovem revelou que no começo tinha apenas R$ 200,00 para investir. O valor havia sido emprestado pela mãe e por sua tia.

“Comecei do zero, com duzentos reais, emprestado por minha tia e minha mãe. Desses duzentos, eu fiz quatrocentos, depois seiscentos e fui seguindo. Quando cheguei em mil reais, falei: poxa, meu Deus, muito obrigado. Pra quem vem de baixo é muito difícil. Comecei a fazer investimentos, não gastava os lucros, todos eram reinvestidos pra que eu pudesse ter um retorno maior. A partir daí, consegui juntar meu primeiro capital de três mil e oitocentos reais para ir à São Paulo. Parcelei a passagem, trouxe tudo de mercadoria e fui só abençoado”.

Apesar das dificuldades, Lucas não desistiu e seguiu acreditando em seu potencial. Enfrentou críticas e desvalorização.

“Quando você começa do zero, encontra muita desvalorização, principalmente aqui na cidade, as pessoas não valorizam o que é da região. Acham caro, falam que o produto as vezes não é bom, mas eu sempre soube do meu potencial e daquilo que minha marca iria representar e continuei investindo”.

A pandemia foi um período difícil para Lucas, mas também foi desafiador, pois mesmo em meio ao caos provocado pelo vírus, ele conseguiu instalar uma loja física.

“Por incrível que pareça, mesmo sendo o momento mais complicado, também foi o mais feliz da minha vida, pois eu abri a minha loja física, em 2020. De lá para cá, já fizemos três inaugurações e é só sucesso. A representatividade muda. Você passa a ter um poder de público maior. Comecei com a loja pequena, mas sempre buscando evoluir. É um pouco difícil porque o investimento muda. Uma coisa é você ser virtual, outra coisa é você ter funcionários e pagar aluguel. A minha loja é no centro da cidade, sempre mantive o mesmo endereço, só alugando pontos ao lado. Mas isso me evoluiu como pessoa. Sou muito obcecado por desafios, estamos atingindo um público que está correspondendo o nosso trabalho, que valoriza bastante. Tenho jogadores que são clientes meus. Fazemos envios nacionais e internacionais”, expôs.

Para o empreendedor, uma das principais razões para o sucesso, é ter uma base familiar.

“A minha principal escola, foi minha família. Eu tive uma base muito honesta e trabalhadora. Não somos ricos, mas sempre fomos empenhados. Minha mãe e meu avô são meus dois pilares, me ensinaram o que é trabalhar pelo certo e jamais ir por um caminho errado, porque não dá frutos”.

O empresário acredita que além de investir e buscar conhecimento, é necessário aprimorar as ideias e não desistir nos primeiros erros.

“Eu acredito que quando você deseja fazer algo, primeiro tem que gostar. Buscar aquilo que a gente se identifica e ver se vai dar resultado. Investir, procurar conhecimento, aprimorar as ideias e entender que quando errar, não acabou tudo. Tem que acreditar e persistir. O processo é árduo, mas tem que insistir e colocar Deus na frente, porque sem Ele e sem honestidade, não iremos a lugar algum. Sempre fui uma pessoa de observar e buscar cursos, afinal, lojista só aprende com lojista. Videos no YouTube e livros, tudo isso eu aderi, além de ter uma ideia própria. Não adianta querer vender um livro sem saber como”.

Atualmente, a De Buenas conta com um quadro de 14 funcionários.

“Eu iniciei com um funcionário, que era meu cliente. Depois senti a necessidade de ter alguém pra me ajudar. Daí veio minha mãe pra trabalhar comigo, minha esposa e atualmente estou com quatorze funcionários, incluindo pessoas fixas e indiretas”.

Optar pelo caminho mais fácil, não é a melhor escolha, aponta o jovem.

“Quem me segue, sabe que sou uma pessoa trabalhadora e honesta, nunca opto pelo caminho mais fácil, sempre por aquilo que pode me consolidar, orgulhar minha família e os amigos que me acompanham. Aos 21 anos de idade, sou referência. A galera conhece e parabeniza. Sem trabalho e sem persistência, não dá certo”.

Vários artistas usam De Buenas.

TONY SALLES

MILSINHO (TOQUE DEZ)

DEVINHO NOVAES

OUÇA A ENTREVISTA COMPLETA EM NOSSO PODCAST:

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