Setor de vestuário em Feira tem potencial de crescimento, diz presidente do Sindvest
Mercado feirense tem potencial de se tornar referência nacional, mas precisa de apoio do poder público
O setor de vestuário é intensivo em mão de obra e sempre gera empregos, apesar disso, existem apreensões com mudanças de governos, questões trabalhistas e cargas tributárias, que diminuem a produtividade do segmento, especialmente no período pós-pandemia.
Segundo o presidente do Sindicato dos Vestuários de Feira de Santana (Sindvest),Edson Nogueira, em meio a essas especulações, o Brasil já perdeu quase meio trilhão de reais.
“Eu tenho a expectativa que o setor retome seu processo produtivo de forma que gere mais emprego, mas tudo depois que a poeira assentar, pois também há uma expectativa muito grande que as coisas só melhorem lá para o terceiro ou quarto mês do ano, que já começamos a ter uma perspectiva melhor do novo governo”, disse o presidente em entrevista ao De Olho na Cidade.
A indústria do vestuário em Feira ainda é pequena, mas ainda assim consegue ser uma das maiores do estado da Bahia, gerando em torno de 20 mil empregos para a população. O maior exportador de abadás e uniformes de escolas públicas do Brasil é o município feirense.
“Nós temos o maior entroncamento rodoviário do norte e nordeste, moramos numa cidade com três rodovias federais e quatro estaduais, então isso proporciona um crescimento. Lógico que precisamos de apoio governamental, aqui nós não temos um Centro de Distribuição, então há essa carência e os governantes precisam ter um olhar diferente”, pontuou Nogueira.
Para o presidente, ter esse olhar para a distribuição e criar um polo local é o que vai tornar o setor vestuário de Feira uma referência nacional. Junto ao Sebrae, o Sindicato promoveu um curso de capacitação para empresas participarem de licitações nacionais.
Em novembro de 2022, também foi realizado Compete Moda Bahia, estimulando as empresas e colaboradores a serem proativos e produtivos, além de incentivar ideias criativas.
Nogueira destaca que para dobrar a capacidade de empregos e ter mais sucesso no desenvolvimento do setor, é necessário haver apoio governamental.
“Nós temos aqui o Sebrae que ajuda muito, mas o Poder Público de modo geral deixa a desejar. Com utensílios, mão de obra, precisávamos de um apoio maior”.