Educador revela expectativas para o novo ministro da educação
Para o educador, a expectativa é esperançosa
O presidente Lula anunciou o cearense Camilo Santana como novo ministro da educação, o que criou novas expectativas sobre os cenários que surgirão no ambiente educacional. Segundo o diretor da Escola Estadual Maria Rezende de Minas Gerais, Vagner Diógenes de Souza, a expectativa é esperançosa.
“Dado o tamanho da expertise que eles têm em educação, na área tecnológica, e em questões pedagógicas, é esperançoso. Essa vertente do Camilo, o que mais me chamou atenção foi a educação integral, que vem de encontro muito ao que a população anseia. Agora, precisa-se ter a intencionalidade da comunidade estar junto em busca dessa educação”, disse o educador ao De Olho na Cidade.
Segundo o diretor, a educação precisa ser integral, colocando a comunidade escolar e os alunos para escolherem terem um projeto de vida, com clareza sobre seus projetos futuros.
“Temos consciência de que somos os responsáveis por tudo. Não é só o governo, não é só a comunidade ou a escola, temos que estar envolvidos em comunhão. Então, a educação quando é de uma gestão democrática precisa ser feita em conjunto. Eu já trabalhei com educação integral, e a comunidade abraçava muito, porque enquanto um responsável estava indo para o trabalho, ele tinha certeza que seu filho estava garantindo sua educação para o futuro”, pontuou.
De acordo com Diógenes, os alunos que passam pela educação integral chegavam ao ensino médio com melhor desenvolvimento de raciocínio e expertise, pois exploravam questões que a educação convencional não abre espaço.
Esse tipo de educação se preocupa com a intencionalidade, contextualizando o aluno do conteúdo passado e de como aplicá-lo de forma prática, assim como, incentivando a criatividade e a vontade de explorar esse conhecimento de formas diferentes.
“Para isso eu preciso de uma educação integral, olhando para o ser humano nos seus diversos aspectos, situações, e não mais uma ‘receita de bolo’ fechada, feita apenas de uma maneira. Eu preciso olhar para o outro e entender quem ele é, para onde quer ir e o que ele quer se tornar. E quando a gente se ‘fecha’ muito estamos fadados ao erro”.