Conscientização no trânsito: especialista cobra ações e campanhas voltadas aos condutores
Uma das campanhas mais conhecidas no país é a intitulada Maio Amarelo, criada após o estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelar que o Brasil está em 5º lugar na lista de países com os maiores índices de mortes no trânsito
Rafael Marques
“Nos últimos dias de dezembro, e olhe que estamos no início, mas, lamentavelmente, estamos computando 4 sequelas fatais e não vemos dos órgãos responsáveis uma campanha tomando por base esses acontecimentos. Infelizmente se transformam em meros dados”, ressaltou o especialista em trânsito, Bruno Sobral. Ele chama a atenção dos órgãos competentes e cobra uma campanha de conscientização voltada aos condutores feirenses.
“O que é de se lamentar, é justamente o número de mortos e sequelados no trânsito de Feira. Qualquer campanha que seja encampada no município, tem potencial de atingir diversas regiões do país. A sociedade e a imprensa precisam se manifestar, pautar esse tema e trazer o debate”, explicou.
MAIO AMARELO
(Politize)
Uma das campanhas mais conhecidas no país é a intitulada Maio Amarelo, criada após o estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelar que o Brasil está em 5º lugar na lista de países com os maiores índices de mortes no trânsito.
“Não é aceitável que apenas no mês de maio, mês de publicidade, alegando que existe primazia pela segurança no trânsito, ou mesmo setembro, durante a Semana Nacional do Trânsito, que os órgãos participem de forma coletiva, porque se trata de uma obrigação imposta pela Lei Federa. A sociedade precisa ir às ruas, se manifestar fazer com que o Poder Público encampe a prerrogativa que o trânsito em condições seguras é direito fundamental a todo e qualquer cidadão”, ponderou.
Sobre as blitze realizadas com o intuito de combater motoristas que dirigem sob efeito de álcool, o especialista afirmou que “a dita blitz da Lei Seca, é uma falácia”.
“Vias de regra, ela fica sempre nos mesmos locais, dias e horários e só pega aquele cidadão que bebeu no almoço, esqueceu e no fim da tarde é flagrado. Mas a indústria das multas é forte e completa, e quando ela vai lidar com esse cidadão, ela diz: você não é obrigado a soprar, mas se soprar e acusar, irei lhe levar à delegacia. Qual é a pessoa que em sã juízo, vai estar à beira do abismo e pular no precipício?”, questionou.
“O que acontece é isso: desinformação, pescaria e, de fato, não combatendo a situação, que é a combinação álcool e direção”, declarou.