Saúde da mulher precisa ser tratada de forma multidisciplinar, destaca especialista
No Brasil, o número de mulheres é superior ao de homens, o que traz mas notoriedade ao assunto
Desde 2019 foi estipulado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) que a população feminina no Brasil é superior à masculina. Assim sendo, temas relacionados à saúde da mulher ganharam cada vez mais espaço para discussão. Segundo a ginecologista e obstetra, Dra. Márcia Suely, a saúde feminina não se resume à saúde física, mas também envolve a saúde mental e o bem-estar de forma geral.
“A principal causa da importância de tratar da saúde da mulher é que nós temos hoje patologias que são responsáveis pela maioria das mortes das mulheres, e que podem ser prevenidas, a exemplo o câncer de colo de útero e o câncer de mama”, explica a doutora em entrevista ao De Olho na Cidade.
De acordo com a profissional de ginecologia, o câncer de colo de útero e câncer de mama são duas patologias bastante comuns entre o público comum, que causam sérios problemas, além do risco de morte. Contudo, com o cuidado adequado é possível prevenir ou receber o diagnóstico precocemente, diminuindo as chances de mortalidade.
O cuidado com a saúde feminina é multidisciplinar, pois não há uma especialidade médica única que trate do assunto, todas as áreas medicinais devem atuar em conjunto para promover qualidade de vida: “Nós, os ginecologistas, podemos dizer que somos a porta de entrada, porque toda mulher vai ao médico ginecologista anualmente. Mas além da ginecologia, temos os mastologistas (que são nossos parceiros muito próximos), cardiologistas, endocrinologistas, reumatologistas, dermatologistas”, diz a profissional.
Fisioterapeutas, odontólogos, psicólogos, e nutricionistas também são essenciais para manter a qualidade de vida das mulheres. Os diferentes tipos de câncer são as doenças que mais preocupam os profissionais de saúde, em relação ao cuidado com o público feminino, contudo, questões como as doenças virais e infecciosas. Doenças e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DSTs e ISTs), e até mesmo a gravidez indesejada são preocupantes.
“A gravidez indesejada não é uma doença, mas é algo que preocupa, tanto é que existe na nossa pauta a questão do planejamento familiar”, pontua.
No décimo mês do ano, em virtude da campanha Outubro Rosa, que conscientiza a busca por prevenção ao câncer de mama, a procura por exames preventivos aumenta. Apesar disso, ao longo de todo ano, todas as unidades de saúde ofertam os exames necessários.
“O pensamento dessa campanha é exatamente isso, conscientizar a mulher da importância desses exames, de fazer a mamografia, o papanicolau, ou preventivo ginecológico, etc. Como a oferta nesse período é maior, as mulheres aproveitam, ás vezes não fazem por esquecimento ou porque não conseguiram a consulta na data marcada, mas esse é o momento de dizer: ‘vão, façam, é importante!’”, destaca Dra. Márcia Suely.
O conteúdo da profissional pode ser acompanhado pelo instagram: @dra.marciadamaral.