Bahia

MP-BA fiscaliza eleições gerais de 2022 no estado

110 ocorrências realizadas de julho a setembro já foram distribuídas entre procuradores das zonas eleitorais

21/09/2022 17h19
MP-BA fiscaliza eleições gerais de 2022 no estado
Foto: Reprodução

Preservar a ordem jurídica e o direito da coletividade. Esse será o papel do Ministério Público do Estado da Bahia nas Eleições Gerais de 2022, que já se organiza para uma atuação ativa que antecede o dia do pleito, marcado para o dia 2 de outubro. Nos 417 municípios baianos, o órgão já tem à disposição promotores eleitorais para cobrar dos juízes uma atuação imediata a situações que demandam mais urgência.

O órgão terá poder de polícia para cobrar uma resposta imediata do juiz para que possa cessar irregularidades de forma cautelar para que não continue a acontecer. “A parte criminal se dá dentro do município. Se não houver envolvimento direto de alguém que já possua cargo, será do promotor eleitoral”, explicou o promotor de Justiçado MP-BA Millen Castro. Já os casos de registro de candidatura, propaganda e demais irregularidades eleitorais tramitam junto ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) e ao Tribunal Superior Eleitoral.

De acordo com o órgão, 110 ocorrências de julho a setembro já foram distribuídas entre procuradores das zonas eleitorais para que pudessem avaliar a necessidade de medida urgente ou instrução para fortalecer a denúncia realizada pelo cidadão, que será atribuída ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).
Em entrevista concedida nessa tarde a jornalistas, o promotor de Justiça Millen Castro, que também é coordenador do Núcleo Eleitoral (Nuel), sinaliza que denúncias anônimas as vezes dificultam a conclusão das investigações. “Nossa preocupação tem sido orientar a busca de denuncia sigilosa ao invés de anônima. A falta de contato dificulta até que o denunciante saiba o resultado da ação judicial”, explica.

As denúncias podem ser realizadas por qualquer cidadão através do próprio site do MP-BA (clique aqui) ou através do aplicativo Pardal, desenvolvido pelo TSE.

Propagandas irregulares, compra de voto, abuso de poder econômico são alguns dos crimes eleitorais mais denunciados na capital e no interior. As situações são comunicadas ao procurador regional eleitoral que delega para promotor da comarca para realizar a investigação: arquivamento ou responsabilização dos envolvidos.

“Nossa preocupação tem sido preservar a credibilidade do sistema eletrônico de votação, quanto preservar que a vontade do eleitor corresponda ao voto que ele pretenda dar. O que significa dizer que as interferências economias e politicas possam estar atuando contra o regime democrático”, disse Millen.
Para o promotor, a vedação de uso de armas de fogo e do uso do celular dentro da seção de votação tomou proporções exageradas, já que as regras já existiam desde eleições anteriores. “É uma preocupação exagerada, porque não é novidade o que se está pretendendo que ocorra nessa eleição. Essa vedação do uso de celular é desde 2009. O TSE só reforçou a proibição que já acontece há várias eleições para preservar o sigilo do voto”, esclarece.

O cidadão que insistir em levar o celular para dentro da cabine poderá ser suspenso do seu direito de votar no momento até que ele cumpra a determinação do mesário. Caso se descubra que a pessoa está mentindo e levar o celular para dentro da cabine, poderá responder por crime de desobediência.

“A nossa maior preocupação está em preservar a segurança das pessoas. Não é razoável que uma pessoa entre numa seção de votação portando uma arma”, acrescentou.
Todo efetivo da Polícia Miltar e Civil da Bahia, além da Polícia Rodoviária Federal estarão trabalhando desde o dia que antecede o pleito para garantir segurança. A medida preventiva se dá pela polarização identificada nas eleições neste ano.

Em reunião realizada junto a Secretaria de Segurança Pública da Bahia no dia 12 de setembro, ficou estabelecido o reforço policial em 30 cidades do interior do estado. A preocupação nessas localidades é o histórico de violência já registrado em eleições municipais. O que não é o caso das eleições que definem deputados estaduais e federais, senadores, governador e Presidente. Na Bahia, até o momento, não foram identificados casos de violência política. “Nada concreto que se tenha tido na Bahia como ocorreram em outros estados. Mas para que se pudesse trabalhar preventivamente e pela preocupação com a polarização que vem se dando”, explicou Millen.
A lei proíbe qualquer tipo de propaganda eleitoral ativa no dia do pleito. Sendo assim, a distribuição de santinhos, que faça o eleitor receber do cabo eleitoral, é proibido no dia da eleição, independente da distância da sessão eleitoral, e se configura como crime eleitoral.

A PM foi orientada a coibir e coletar material que estiver sendo distribuído

O eleitor tem permissão para realizar manifestação passiva. “Uso de camisas, bonés, adesivos é permitido. Só não pode distribuir, mas manifestação individual e silenciosa, desde que não gere aglomeração, é permitido”, explica.

*A Tarde

Comentários

Leia também

Bahia
Carro capota, mata mulher e deixa cinco pessoas feridas em rodovia baiana

Carro capota, mata mulher e deixa cinco pessoas feridas em rodovia baiana

Vítimas voltavam de festa em outro município quando carro capotou
Bahia
HC, Pablo e Natanzinho lotam Arena Zelitão no primeiro dia da festa dos 63 anos de Anguera

HC, Pablo e Natanzinho lotam Arena Zelitão no primeiro dia da festa dos 63 anos de Anguera

Uma multidão estimada em cerca de 25 mil pessoas passaram pelo local ao longo da noite...
Bahia
Compromisso pelo Feminicídio Zero e protocolo ‘Não é Não’ são lançados em Salvador

Compromisso pelo Feminicídio Zero e protocolo ‘Não é Não’ são lançados em Salvador

Cerimônia ocorreu durante o jogo entre Brasil e Uruguai pelas eliminatórias da Copa do...