Comprar imóvel agora ou esperar 2026? Especialista aponta momento como estratégico para investir
O principal fator que sustenta essa avaliação é o baixo estoque de imóveis, condição que tende a pressionar os preços para cima nos próximos anos.
O fim de ano costuma trazer uma dúvida recorrente para quem deseja investir no mercado imobiliário: comprar agora ou esperar até 2026? Em entrevista ao quadro Imóveis em Pauta, o especialista em mercado imobiliário Humberto Mascarenhas, afirmou que o momento atual é mais favorável para a compra de imóveis, sobretudo para quem busca proteção patrimonial e boas oportunidades de negócio.
Segundo Humberto, o principal fator que sustenta essa avaliação é o baixo estoque de imóveis, condição que tende a pressionar os preços para cima nos próximos anos.
“A decisão mais acertada hoje é comprar agora. O estoque de imóveis é baixo e isso é o fator que mais influencia no aumento de preço. Quanto menor o estoque, maior a tendência de valorização”, explicou.
O especialista destacou que, em um cenário de incertezas econômicas globais, o imóvel continua sendo um dos ativos mais seguros para proteger o capital.
“Muita gente fala em crise global, em instabilidade, e o que a gente observa é que ativos de segurança, como o ouro e o imóvel, tendem a se valorizar. O imóvel é uma forma de blindar o capital”, afirmou.
De acordo com Humberto, esse comportamento já pode ser observado no mercado brasileiro, onde investidores estão se antecipando e aproveitando o momento para adquirir imóveis antes de uma possível alta mais acentuada nos preços.
Questionado sobre o cenário atual, Humberto Mascarenhas classificou o momento como de oportunidade, especialmente para compradores atentos.
“O Brasil hoje tem um dos maiores juros reais do mundo. Isso aumenta o endividamento das famílias e reduz a circulação de dinheiro, fazendo com que muitas pessoas precisem vender e é aí que surgem excelentes oportunidades”, avaliou.
Apesar do bom momento para comprar, o especialista alertou para a importância de análise criteriosa e apoio profissional.
“Mesmo em um mercado oportuno, é fundamental pesquisar. Ainda existem imóveis com preços inflados por especulação. Procurar um profissional capacitado faz toda a diferença para comprar bem”, ressaltou.
Humberto também projetou tendência de valorização dos imóveis nos próximos anos, impulsionada pela expectativa de queda da taxa Selic e pelo aumento do crédito imobiliário.
“As ações das empresas do setor imobiliário cresceram mais que o Ibovespa este ano. Isso mostra a expectativa do mercado. Com a Selic em queda, o crédito aumenta, o consumo cresce e, com pouco estoque, os preços tendem a subir”, explicou.
Outro ponto abordado foi o comportamento dos consumidores em momentos de alta do mercado.
“Existe o efeito coletivo. Quando as pessoas veem amigos comprando, notícias positivas e recordes de venda, elas tendem a comprar também, mas é justamente nesses momentos que é preciso mais cautela para fazer boas escolhas”, alertou.
Para quem pensa em investir com foco no futuro, Humberto indicou os imóveis novos de médio e alto padrão como os mais promissores.
“O estoque desses imóveis é menor e eles vendem mais rápido. Hoje existe um ‘novo jeito de morar’, e imóveis antigos que não se adaptarem a isso tendem a demorar mais para vender e até desvalorizar”, afirmou.
Ele destacou ainda que imóveis usados podem se tornar mais atrativos com reformas estratégicas.
“Com um retrofit bem feito, o imóvel antigo pode ganhar valor e liquidez no mercado”, pontuou.
Humberto reforçou que o maior risco para quem adia a decisão é perder boas oportunidades, muitas vezes por medo ou insegurança.
“O mercado é cíclico. O momento de maior medo costuma ser o melhor momento para investir. Imóvel é um ativo real, histórico de valorização ao longo do tempo”, afirmou.







