Colégio Estadual Ana Alice comemora o Mês da Consciência Negra
No dia 18 de novembro, o projeto de leitura intitulado “Raízes que Sustentam o Futuro” culminou em diversos stands culturais que, além de retratar as histórias e personagens dos livros

Durante todo o ano de 2025, estudantes do Colégio Estadual de Tempo Integral Professora Ana Alice Figueredo dos Santos (antigo Colégio Polivalente) fizeram a leitura de livros que retratam a realidade de negros e indígenas e que trazem como tema de reflexão, diversos problemas sociais. Na lista de obras lidas estavam livros como A Sabedoria das Águas (Daniel Munduruku), Um Quilombo Urbano Chamado Rua Nova (Flávia Santana Santos), Vidas Secas (Graciliano Ramos), Quarto de Despejo (Carolina Maria de Jesus), Torto Arado (Itamar Vieira Júnior) e Beco das Memórias (Conceição Evaristo).
No dia 18 de novembro, o projeto de leitura intitulado “Raízes que Sustentam o Futuro” culminou em diversos stands culturais que, além de retratar as histórias e personagens dos livros, também promoveram diálogos importantes sobre identidade, resistência e ancestralidade no mês da Consciência Negra.

A programação também contou com apresentações musicais, performances teatrais e momentos artísticos marcantes. A cantora e MC feirense Tulipa Negra participou da celebração, compartilhando sua arte e fortalecendo a representatividade cultural do evento.

Cida Porto, artista plástica da cidade, mulher negra e professora da escola, também marcou presença e deu um depoimento emocionante sobre o impacto do trabalho desenvolvido com os estudantes.

“Como artista plástica, grafiteira, mulher negra e feirense, participar deste evento na escola foi profundamente significativo para mim. Poder ajudar os alunos a montar o stand, conversar sobre Dona Pomba e sobre o bairro da Rua Nova — um lugar que respira arte e que deu origem a tantos artistas famosos — foi um gesto de memória, afeto e resistência.
Ter convidado a artista Tulipa Negra, minha amiga de caminhada artística — com quem já dividi festivais onde o graffiti, o hip hop, o break dance e tantas outras expressões se encontram — tornou tudo ainda mais especial. Vê-la cantar lindamente ao lado da irmã Laura, nossa estudante do Fluxo, reforçou a beleza e a força da cultura negra feirense.Ver duas mulheres negras levando arte, força e representatividade para dentro da escola reforça o quanto a cultura transforma e inspira.
Sinto-me realizada por mostrar aos meus alunos — e à comunidade escolar — que existem artistas negros feirenses que cantam e celebram nossas lutas, dores e vitórias. Sou grata pela oportunidade de construir, junto aos estudantes, um espaço de consciência, identidade e pertencimento.”
O evento reafirmou o compromisso do Colégio com a valorização da diversidade, da literatura e da formação crítica dos alunos, celebrando as raízes que sustentam e inspiram o futuro.







