Setembro Amarelo: Sinais podem revelar comportamentos suicidadas, alerta especialista
Em casos de emergência, o Centro de Valorização à Vida (CVV) pode ser acionado através do número 188.
A campanha do setembro amarelo surgiu para conscientizar a população e quebrar os paradigmas a respeito do suicido. Segundo dados da OMS, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicidio. Em entrevista ao De Olho na Cidade, a neuropsicóloga Antunes esclareceu que conversar sobre o assunto pode salvar uma vida.
“Quando as pessoas estão em um quadro de depressão elas já estão abrindo mão de atividades cotidianas, logo, elas não sentem disposição para buscar ajuda. Para essa pessoa, ‘tudo acabou’”, explica.
Embora seja comum o suicidio ser o resultado de casos extremos de depressão, não é exclusivo dessa doença. Portadores de outros transtornos, e até mesmo pessoas sem transtorno podem atentar contra a própria vida.
Segundo a Dra. Antunes, o comportamento suicida pode ser consequência de uma dor muito latente ou uma situação desestabilizadora, como perda de um ente querido, problemas na carreira profissional, término de relacionamento, entre outros.
“Quando a pessoa atenta contra a própria vida, ela não quer encerrar sua vivência, mas sim se livrar da dor que se tornou insuportável”.
Para prevenir que isso ocorra, familiares, amigos e companheiros podem observar alterações no comportamento que servem de alerta.
“Não é fácil perceber, mas é possível. Exemplo, uma pessoa que fala que ‘a vida não vale mais a pena’, alguém que começa a se descuidar, pular refeições, perde a alegria, ou negligencie medicações”, alerta a profissional.
Outro sinal de alerta são os comportamentos de desapego, quando subitamente o indivíduo começa a desapegar de itens pessoais, que até então eram importantes, e se preocupa em visitar amigos e parentes distantes. Esses sinais podem indicar que o indivíduo está se despedindo.
A neuropsicóloga também explica que há casos de suicidio lento, quando o indivíduo se mutila constantemente pois tem a sensação que a dor física suprime a dor emocional. Alguns casos que começam com mutilação, podem terminar com o fim da própria vida.
Em casos de emergência, o Centro de Valorização à Vida (CVV) pode ser acionado através do número 188. É importante que sempre seja incentivado o acompanhamento psicoterapêutico.
A neuropsicóloga Dra. Ana Rita Antunes atende na Clínica Métodos, R. Pinheiro Machado, bairro Capuchinhos. Também o público infantil na Clínica Métodos Kids, localizada na R. Borborema, 40 – Capuchinhos.